Ex-bombeiro que atirou em jovem após briga com candidato é preso no DF
O caso ocorreu em 27 de agosto e foi motivado por uma discussão com Rubão, candidato a distrital pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB)
atualizado
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O ex-bombeiro militar Marco Antônio Leal da Silva, que atirou no rosto de um funcionário da churrascaria Tchê Garoto, na Vila Planalto, foi preso nesta segunda-feira (5/9). O suspeito se apresentou à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), e investigadores cumpriram mandado de prisão preventiva que havia sido expedido em seu nome. O caso ocorreu em 27 de agosto e foi motivado por uma discussão com Rubão, candidato a deputado distrital pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
O autor do disparo acompanhava o político no momento da briga. Raimundo Eduardo Pereira Silva, 29 anos, foi socorrido em estado grave ao Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Com o passar dos dias, a vítima foi se recuperando e afastando o risco de morte.
Segundo testemunhas que estavam no local, Rubão distribuía flyers de campanha com som do carro ligado nas alturas. Moradores da Vila Planalto e clientes da churrascaria teriam passado a reclamar do barulho. O funcionário da churrascaria se dirigiu ao candidato, pedindo que ele abaixasse o som. A partir de então, iniciou-se uma briga e o agressor foi ao carro, pegou uma pistola e efetuou um disparo no rosto do jovem.
Internado desde o dia do crime no Hospital de Base, Raimundo ainda aguarda a marcação de cirurgia para retirar a bala que está alojada no seu pulmão. Segundo a esposa da vítima, Ana Paula de Carvalho, 22 anos, o funcionário da churrascaria se recupera bem.
A Polícia Civil autuou em flagrante, por porte ilegal de munição, o político. Segundo a PCDF, foram encontradas no veículo do candidato munições de 9mm. Rubão não tem permissão para ter as balas nem para portar qualquer tipo de arma de fogo.
Raimundo Eduardo é casado e tem um filho de 1 ano e 8 meses com a esposa, Ana Paula, que está grávida.
“Legítima defesa”
Ao Metrópoles o candidato do PTB à Câmara Legislativa do DF se pronunciou e disse que lamenta o ocorrido. “Eu estava em uma via pública panfletando e colocando algumas falas sobre minhas bandeiras e projetos com um auxiliar. Pedi que ele fosse almoçar no referido restaurante. Quando ele regressou, pedi que ele ficasse no carro que eu iria almoçar em minha casa. Antes que eu terminasse, ele me ligou pedindo que eu regressasse urgente, pois haviam desligado e estavam querendo quebrar o som”, explicou.
Rubão disse, ainda, que voltou ao local e foi agredido por cinco rapazes. “Vários jovens vieram em minha direção, e novamente desligaram o som do carro, jogaram o conversor da bateria no chão e me agrediram com socos e pontapés. Nesse momento, o amigo vendo que eu estava sendo agredido covardemente por 5 jovens, em legítima defesa de terceiros efetuou o disparo”, defendeu-se.