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Estudante é suspenso após vandalizar escola no DF e agredir PMs

Aluno do CED 01 da Estrutural danificou parapeito, portas, vidro de uma sala de aula e o dispenser de álcool em gel do corredor

atualizado

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JP Rodrigues/Metrópoles
PM escola
1 de 1 PM escola - Foto: JP Rodrigues/Metrópoles

Os registros de violência no Centro Educacional 01 (CED 01) da Estrutural ganharam mais um episódio nessa quarta-feira (29/6). Um aluno de 16 anos foi suspenso das atividades escolares após causar danos aos pertences do colégio com gestão compartilhada e ser agressivo com os servidores.

Conforme ficha de notificação, na qual o Metrópoles teve acesso, o estudante do turno vespertino quebrava um parapeitos quando um sargento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) solicitou que ele voltasse para a sala de aula. O garoto teria reagido de forma agressiva, gritando e empurrando o monitor e outros policiais que atuam na unidade.

Segundo o registro, além do parapeito, o aluno teria quebrado o vidro de uma sala e o dispenser de álcool em gel do corredor. As portas de algumas dependências também teriam sido danificadas por chutes dados pelo jovem.

A direção do CED 01 protocolou uma falta disciplinar grave ao estudante e aplicou suspensão de três dias, com a realização de atividades pedagógicas na escola.

Em nota, a PMDF informou que o garoto teve de ser contido para a própria segurança e de terceiros. Diante da situação, ele foi encaminhado para a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) para que as providências cabíveis fossem tomadas.

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Segundo levantamento realizado pelo Metrópoles, levando em consideração dados da Polícia Civil do Distrito Federal obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação, até 7 de abril foram registradas 581 ocorrências de crimes praticados em ambientes escolares, o que representa cinco situações por dia
O estudo identificou ainda que, em cinco anos, foram registados mais de 10 mil casos de violência dentro de faculdades e escolas da capital. Os anos de 2018 e 2019, por exemplo, apresentaram os maiores índices do período, com 3.540 e 3.198 registros, respectivamente
Em 2020, durante o período de isolamento social devido à pandemia da Covid-19, houve uma redução no número de crimes. Já em 2022, no entanto, os casos voltaram a subir
Ainda de acordo com o levantamento, mais da metade das ocorrências foram em escolas públicas, seguida de colégios e faculdades particulares. Cidades como Ceilândia, Taguatinga e Brasília tiveram a maior taxa de violência registrada
Entre os principais tipos de crime estão: furtos, ameaças, injúria e lesão corporal. No que se refere ao gênero das vítimas, as mulheres são as mais atingidas, em 49% das ocorrências. Homens representam 39,5% dos números
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O comportamento dos alunos após o retorno às aulas presenciais tem acendido alerta no país. No Distrito Federal, por exemplo, o início do ano letivo de 2022 foi marcado por violência em diversos centros de educação

GeorgiaCourt/ Getty Images
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Segundo levantamento realizado pelo Metrópoles, levando em consideração dados da Polícia Civil do Distrito Federal obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação, até 7 de abril foram registradas 581 ocorrências de crimes praticados em ambientes escolares, o que representa cinco situações por dia

SSPDF/Divulgação
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O estudo identificou ainda que, em cinco anos, foram registados mais de 10 mil casos de violência dentro de faculdades e escolas da capital. Os anos de 2018 e 2019, por exemplo, apresentaram os maiores índices do período, com 3.540 e 3.198 registros, respectivamente

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Em 2020, durante o período de isolamento social devido à pandemia da Covid-19, houve uma redução no número de crimes. Já em 2022, no entanto, os casos voltaram a subir

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Ainda de acordo com o levantamento, mais da metade das ocorrências foram em escolas públicas, seguida de colégios e faculdades particulares. Cidades como Ceilândia, Taguatinga e Brasília tiveram a maior taxa de violência registrada

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Entre os principais tipos de crime estão: furtos, ameaças, injúria e lesão corporal. No que se refere ao gênero das vítimas, as mulheres são as mais atingidas, em 49% das ocorrências. Homens representam 39,5% dos números

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Em março deste ano, a violência assustou pais e alunos de escolas públicas. Em menos de uma semana, ocorreram ao menos quatro casos de brigas violentas em instituições de ensino. Em dois deles, estudantes chegaram a ser esfaqueados

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Em abril, imagens de uma mulher sacando uma arma e apontando para uma aluna durante briga na porta da escola chocou internautas e desesperou pais, professores e a própria comunidade

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Recentemente, outra filmagem de briga em escola passou a circular nas redes sociais. No vídeo, um rapaz agride uma estudante com tapas e puxões de cabelo dentro da sala de aula. Imagens foram feitas pelas câmeras de segurança da escola

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Após os casos, o Governo do Distrito Federal criou um plano de emergência para coibir violência nas escolas. O projeto envolve as secretarias de Educação, da Segurança Pública, da Saúde, da Juventude, Esporte e Justiça e deve ser implementado até junho

Hugo Barreto/Metrópoles
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Entre as medidas estão distribuição de cartilha sobre convivência, apresentação de palestras educativas e atividades culturais, a começar por escolas com maiores índices de violência

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A reportagem do Metrópoles entrou em contato com a Secretaria de Educação para saber como a pasta tem acompanhando o caso, mas não obteve resposta até o fechamento desta reportagem. O espaço segue aberto para futuras manifestações.

Violência no CED 01

O centro funciona sob gestão compartilhada, ou seja, os profissionais da educação ficam responsáveis pelo trabalho pedagógico, e profissionais da segurança, pela disciplina.

A escola é palco de confusão desde que a ex-vice-diretora chamou um policial militar de “cagão”. Com a polêmica, a mulher foi exonerada, o que motivou protesto por parte dos alunos, no início de maio.

Na data em que alunos da escola organizaram uma manifestação pedindo a volta da vice-diretora do colégio, um oficial da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi flagrado ameaçando um aluno, afirmando que o  “arrebentaria”.

Em 30/5, outro adolescente levou spray de pimenta no rosto e acabou algemado depois de policiais apartarem uma briga no CED 01. As imagens também foram divulgadas nas redes sociais.

Diante dos casos, os episódios levaram a troca de parte dos militares escalados para a escola, ainda no final de maio.

Duas semanas depois da troca de gestão, novos vídeos mostraram mais brigas entre estudantes. Uma delas teria sido travada dentro de sala de aula. A outra ocorreu na rua, fora do colégio militarizado.

O modelo de gestão compartilhada tem sido objeto de críticas e questionamentos do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT). Segundo a Promotoria de Justiça de Defesa da Educação (Proeduc), mesmo com a presença de militares, o número de ocorrências nas escolas tem aumentado.

A Proeduc também criticou a falta de critérios para seleção das unidades e de indicadores de desempenho do modelo. O MPDFT vem solicitando os resultados do programa nas notas e no desenvolvimento escolar dos alunos, mas não teria recebido respostas. De acordo com a promotoria, entre as 17 unidades de ensino que aderiram ao modelo, 10 não ocupavam as maiores posições no ranking de vulnerabilidade escolar.

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