Estudante é suspenso após vandalizar escola no DF e agredir PMs
Aluno do CED 01 da Estrutural danificou parapeito, portas, vidro de uma sala de aula e o dispenser de álcool em gel do corredor
atualizado
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Os registros de violência no Centro Educacional 01 (CED 01) da Estrutural ganharam mais um episódio nessa quarta-feira (29/6). Um aluno de 16 anos foi suspenso das atividades escolares após causar danos aos pertences do colégio com gestão compartilhada e ser agressivo com os servidores.
Conforme ficha de notificação, na qual o Metrópoles teve acesso, o estudante do turno vespertino quebrava um parapeitos quando um sargento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) solicitou que ele voltasse para a sala de aula. O garoto teria reagido de forma agressiva, gritando e empurrando o monitor e outros policiais que atuam na unidade.
Segundo o registro, além do parapeito, o aluno teria quebrado o vidro de uma sala e o dispenser de álcool em gel do corredor. As portas de algumas dependências também teriam sido danificadas por chutes dados pelo jovem.
A direção do CED 01 protocolou uma falta disciplinar grave ao estudante e aplicou suspensão de três dias, com a realização de atividades pedagógicas na escola.
Em nota, a PMDF informou que o garoto teve de ser contido para a própria segurança e de terceiros. Diante da situação, ele foi encaminhado para a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) para que as providências cabíveis fossem tomadas.
A reportagem do Metrópoles entrou em contato com a Secretaria de Educação para saber como a pasta tem acompanhando o caso, mas não obteve resposta até o fechamento desta reportagem. O espaço segue aberto para futuras manifestações.
Violência no CED 01
O centro funciona sob gestão compartilhada, ou seja, os profissionais da educação ficam responsáveis pelo trabalho pedagógico, e profissionais da segurança, pela disciplina.
A escola é palco de confusão desde que a ex-vice-diretora chamou um policial militar de “cagão”. Com a polêmica, a mulher foi exonerada, o que motivou protesto por parte dos alunos, no início de maio.
Na data em que alunos da escola organizaram uma manifestação pedindo a volta da vice-diretora do colégio, um oficial da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi flagrado ameaçando um aluno, afirmando que o “arrebentaria”.
Em 30/5, outro adolescente levou spray de pimenta no rosto e acabou algemado depois de policiais apartarem uma briga no CED 01. As imagens também foram divulgadas nas redes sociais.
Diante dos casos, os episódios levaram a troca de parte dos militares escalados para a escola, ainda no final de maio.
Duas semanas depois da troca de gestão, novos vídeos mostraram mais brigas entre estudantes. Uma delas teria sido travada dentro de sala de aula. A outra ocorreu na rua, fora do colégio militarizado.
O modelo de gestão compartilhada tem sido objeto de críticas e questionamentos do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT). Segundo a Promotoria de Justiça de Defesa da Educação (Proeduc), mesmo com a presença de militares, o número de ocorrências nas escolas tem aumentado.
A Proeduc também criticou a falta de critérios para seleção das unidades e de indicadores de desempenho do modelo. O MPDFT vem solicitando os resultados do programa nas notas e no desenvolvimento escolar dos alunos, mas não teria recebido respostas. De acordo com a promotoria, entre as 17 unidades de ensino que aderiram ao modelo, 10 não ocupavam as maiores posições no ranking de vulnerabilidade escolar.
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