Estelionatários usavam empresas de laranjas para aplicar golpes no DF
De acordo com a Polícia Civil, após receber mercadorias com pagamento postergado, as empresas fechavam e deixavam o prejuízo para as vítimas
atualizado
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As polícias civis do Distrito Federal (PCDF) e de Goiás (PCGO) deflagraram operação contra grupo criminoso que praticava estelionatos por meio de empresas em nome de “laranjas”. Os investigadores apreenderam mercadorias irregulares que foram transportadas em dois caminhões e duas vans, além de armas, munições e pouco mais de R$ 43 mil em espécie.
Equipes da 16ª Delegacia de Polícia (Planaltina), juntamente com policiais da 13ª DP (Sobradinho) e 31ª DP (Planaltina), deflagraram a Operação Atlas, nessa sexta-feira (1º/4), e cumpriram quatro mandados de busca e apreensão nas regiões administrativas do Paranoá, Recanto das Emas, Samambaia e Aguas Lindas (GO), além de bloqueio de ativos financeiros dos integrantes do grupo criminoso.
Diante das irregularidades verificadas no comércio situado na região administrativa de Samambaia, auditores da Secretaria de Fazenda do DF (Sefaz) compareceram ao local para fiscalização tributária. Na sequência, os auditores foram ao depósito clandestino localizado em uma casa na região administrativa de Planatina, onde centenas de produtos irregulares estavam sendo armazenador no local.
Veja imagens da operação:
Esquema criminoso
A autuação administrativa foi feita e os bens apreendidos e transportados em dois caminhões e duas vans. Neste mesmo local foram apreendidas munições e mais de quarenta e três mil reais em dinheiro.
Outras duas residências de suspeitos foram alvo da operação, uma em Águas Lindas e a segunda no Recanto das Emas. Nas residências os policiais encontraram uma pistola e diversas munições, além de documentos que corroboram o esquema criminoso.
Segundo a apuração da PCDF, após receber mercadorias com pagamento postergado, as empresas fechavam e deixavam o prejuízo para as vítimas. As mercadorias eram transportadas para as residências e lojas dos envolvidos para posterior venda e início de novo ciclo criminoso, com a abertura de outra empresa em nome de “laranja”.
Desde 2020 é possível constatar a atuação desse grupo criminoso. O prejuízo total estimado é superior a R$ 1 milhão, não contabilizado o valor referente à sonegação de impostos. Ressalta-se, ainda, que os criminosos tinham diversas identidades com nomes distintos, incluindo um casal, que juntos, possuíam cinco identidades e sete CPFs.