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INSS: estagiário e servidor ajudaram hacker a roubar dados do governo

O hacker, que não teve identidade revelada, é conhecido por sua habilidade em invadir sistemas de segurança complexos

atualizado

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PF/Divulgação
Carro apreendido pela Polícia Federal em operação contra fraude no INSS
1 de 1 Carro apreendido pela Polícia Federal em operação contra fraude no INSS - Foto: PF/Divulgação

A Polícia Federal (PF) investiga fraude que envolve um estagiário e um servidor do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que supostamente auxiliaram um hacker altamente habilidoso a roubar dados sensíveis do governo.

A apuração teve início após denúncias anônimas que relataram acessos não autorizados a sistemas internos do INSS. A PF descobriu que o estagiário, em conluio com o servidor, forneceu credenciais que facilitaram a entrada do hacker nos sistemas do governo. Os dados roubados incluem informações pessoais de milhões de brasileiros.

O hacker, que não teve a identidade revelada, é conhecido por sua habilidade em invadir sistemas de segurança complexos.

Ele teria utilizado ferramentas sofisticadas para explorar as brechas de segurança do INSS, aproveitando a colaboração interna para obter acesso a informações e vender a terceiros.

Operação

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (26/9), a Operação Mercado de Dados. Os investigadores saíram às ruas para cumprir 29 mandados de busca e 18 mandados de prisão preventiva em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Alagoas, Pará, Goiás, Distrito Federal, Paraná e Bahia.

O Juízo da 4ª Vara Criminal Federal de Cascavel (PR) determinou o sequestro de 24 imóveis pertencentes aos integrantes da quadrilha, bem como o bloqueio dos recursos financeiros existentes nas contas bancárias por eles usadas até o valor de R$ 34 milhões. Alguns carros de luxo (foto em destaque) também foram apreendidos.

A investigação teve apoio do Ministério da Previdência, por meio da Coordenação de Inteligência da Previdência Social. Os envolvidos responderão por organização criminosa, corrupção, invasão de dispositivos informáticos, violação de sigilo funcional, obtenção e comercialização de dados sigilos e lavagem de capitais, com penas que, se somadas, podem chegar a mais de 15 anos de prisão.

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