Esposa diz que Durval Barbosa “conhece pessoas” e pode mandar matá-la
Após discussão no centro do DF, casal bateu o carro. Esposa diz que Durval a puxou como se quisesse jogá-la de viaduto. Barbosa nega
atualizado
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Pivô do escândalo da Caixa de Pandora, o delegado aposentado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) Durval Barbosa teria frequentemente ameaçado de morte a esposa, Fernanda Gabriela de Jesus Souza. Ele nega as acusações.
O casal brigou na noite desta quarta-feira (12/6), Dia dos Namorados, perto de um viaduto no centro de Brasília, bateu o carro e quase protagonizou uma tragédia, segundo a mulher. A coluna Na Mira apurou que, após o acidente, Fernanda disse em depoimento à PCDF que é alvo de violência psicológica e de ameaças.
Ela contou que, por ciúme, Durval constantemente insinuaria que “conhece pessoas” e que poderia mandar matá-la. A mulher disse ainda que o relacionamento deles tem sido conturbado.
Durval não deixaria Fernanda sequer sair sozinha, chegando a impedi-la de tomar a medicação controlada contra depressão. O pivô da Caixa de Pandora, segundo a mulher, teria chegado a dar remédios para ela dormir.
Mesmo assim, Fernanda não representou contra o marido nem quis ingressar nos programas de proteção para mulheres. A coluna Na Mira apurou que, em depoimento, Durval negou as acusações feitas pela esposa.
Acusações
Fernanda acusa o marido de agressão após uma crise de ciúme, na noite de quarta. O carro onde o casal estava bateu em uma barra de proteção próximo ao Setor Hoteleiro Norte, e uma equipe da Polícia Militar (PMDF) apareceu em seguida.
Fernanda disse aos policiais que Durval queria jogá-la de cima do viaduto, e ambos foram conduzidos à Delegacia da Mulher (Deam), na Asa Sul. Lá, a mulher deu sua versão dos fatos.
A coluna apurou que, depoimento à PCDF, Fernanda disse que os dois já haviam brigado na terça-feira (11/6). Na ocasião, ela teria pedido que Durval fosse embora de casa. Os ânimos se acalmaram, mas, nessa quarta, teria surgido um novo desentendimento. Eles foram juntos à sessão de terapia e depois à academia. Na volta dos compromissos, começaram a discutir.
Durval teria tido uma crise de ciúmes e passado a dizer que mandaria matar Fernanda se descobrisse uma traição. Com medo, a mulher, que estava dirigindo, acabou batendo o carro. Eles continuaram a discutir, e o delegado aposentado teria começado a puxar a esposa, segundo ela, na intenção de jogá-la de um viaduto próximo.
Na delegacia, Durval ficou inicialmente em silêncio e disse que só falaria na presença da advogada dele. Depois, já com a defensora na DP, o ex-delegado decidiu falar.
Na versão dele, depois da sessão de terapia, Fernanda disse que queria usar cocaína e que eles foram buscar em um lugar afastado. Neste momento, a mulher teria dirigindo o carro de maneira perigosa, causando o acidente.
Durval e Fernanda não prestaram queixa um contra o outro.
Relação turbulenta
Durval e Fernanda se casaram em janeiro deste ano, no cartório de um shopping da área central de Brasília. Eles já foram casados antes, mas se separaram após uma briga que levou a moça – que tinha 26 anos à época – a esfaqueá-lo no abdômen. Ela acabou presa na ocasião.
Fernanda foi solta depois de sete meses e, posteriormente, absolvida pela Justiça da acusação de tentativa de homicídio. Um laudo de exame psiquiátrico indicou que “a capacidade de entendimento e a de autodeterminação da ré se encontravam abolidas”, ou seja, a jovem não estava em condições de compreender o que fez.
Outro lado
O Metrópoles tentou contato com Durval Barbosa sobre o caso. Não houve resposta até a última atualização da reportagem. O espaço segue aberto.