Escola de filha de mulher morta pelo ex faz homenagem à vítima
Alunos e professores fizeram uma passeata em homenagem a Juliana Barboza Soares nesta sexta-feira (23/8). Mulher morreu atropelada pelo ex
atualizado
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O Centro de Ensino Médio 01 do Gama fez uma passeata em homenagem a Juliana Barboza Soares, 34 anos, mulher morta após ser atropelada três vezes pelo ex-companheiro nessa terça-feira (20/8). A filha mais velha da vítima estuda na escola da rede pública do Distrito Federal.
A passeata foi realizada nesta sexta-feira (23/8). Alunos do colégio conhecido como CG caminharam empunhando cartazes com frases de protesto, como “Quem ama não humilha, não maltrata, não mata” e “Somos o grito das que não estão mais aqui”.
Assista:
Rodas de terapia
A Secretaria de Educação do DF confirmou, em nota, que a passeata foi organizada pela gestão do CEM 01. “Participaram da ação aproximadamente 800 pessoas entre estudantes, professores, comunidade escolar e outros órgãos como Conselho Tutelar e Polícia Militar”, disse o órgão.
A pasta afirmou ainda que fará sessões de terapia com a turma da filha da vítima. “A estudante já retornou às aulas e recebe acompanhamento da SEEDF, por meio da orientação educacional e psicóloga escolar. Para a turma da estudante, haverá rodas de terapia comunitária com acolhimento e escuta.”
Morte brutal
Juliana Barboza Soares foi atropelada por três vezes por Wallison Felipe de Oliveira, 29, na noite de terça. A mulher havia acabado de comemorar o próprio aniversário, na Quadra 3 do Setor Sul do Gama, quando viu o próprio ex passar com o carro por cima dela, da filha de 5 anos, e da mãe, 60.
Juliana não resistiu aos ferimentos e morreu no local. A filha e a mãe dela, também atingidas pelo feminicida, estão internadas.
A mulher havia dado um fim no relacionamento com o ex-companheiro no último dia 11. Na ocasião, ele destruiu o celular dela. Horas depois, Juliana tirou fotos do aparelho e enviou para a filha mais velha, contando o ocorrido.
Wallison foi preso um dia depois de cometer o crime. Ele, que era Colecionador, Atirador e Caçador (CAC), teve o registro revogado pelo Exército. A Polícia Civil (PCDF) apreendeu armas na casa dele, no Gama.