“Enfermeira do tráfico”: PCDF volta a prender mulher que subia em árvores para vender crack
Suelenen Santos Soares costumava fazer sons com a boca para chamar a atenção de usuários de crack. Ela foi presa nesta 5ª e liberada depois
atualizado
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Policiais da 5ª Delegacia de Polícia (Área Central) prenderam mais uma vez a enfermeira Suelenen Santos Soares (foto abaixo) por tráfico de drogas. A mulher, que costumava se esconder na copa de árvores para despistar a polícia e não chamar a atenção de pedestres, foi um dos alvos da segunda fase da Operação Enfermeira do Tráfico, deflagrada na manhã desta quinta-feira (3/8). No entanto, acabou liberada depois, com uso de tornozeleira eletrônica.
Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão e quatro de prisão preventiva contra traficantes de drogas em Ceilândia, Pôr do Sol, no Setor de Indústrias Gráficas (SIG), Taguatinga, no Assentamento 26 de Setembro, no Distrito Federal, e em Luziânia (GO). Além dos mandados judiciais, outras duas pessoas foram presas em flagrante.
A associação criminosa controla o tráfico de cocaína e crack em diversas regiões da capital federal, segundo a investigação da PCDF. A primeira fase da operação aconteceu em março deste ano, quando Suelenen foi presa em flagrante por tráfico de drogas.
As investigações mostraram que, após as prisões decorrentes da primeira fase, as traficantes, mesmo com o uso de tornozeleiras eletrônicas, voltaram à prática do comércio ilícito de drogas, apenas alterando o ponto de venda, mas ainda se concentrando na região central de Brasília.
Além disso, para se protegerem, passaram a contar com a colaboração de outras pessoas que também foram alvo de buscas pela equipe da PCDF.
Esses colaboradores tinham a função de guardar e preparar a droga, bem como terceirizar parte da negociação com os usuários.
Os presos foram indiciados por tráfico de drogas e associação para o tráfico, podendo pegar pena de até 25 anos de prisão.
Veja imagens da segunda fase da operação:
Associação criminosa
Na primeira fase, as investigações apontaram que a enfermeira teria criado uma rede de “vapores”, responsáveis pela distribuição de drogas na região da Rodoviária do Plano Piloto. A maioria são pessoas em situação de rua e garotas de programa que vagam pelas ruas do SCS.
A investigada tinha uma sala comercial na área central de Brasília, usada como apoio para a distribuição de crack. A filha da enfermeira, também suspeita de integrar o esquema criminoso, também foi alvo da operação.
Os investigadores descobriram uma artimanha da enfermeira do tráfico. Para fugir de olhares curiosos e, principalmente, dos carros da Polícia Militar que monitoram a região, a traficante costumava escalar árvores e ficar sentada durante horas nos galhos mais altos.
Há mais de 10 anos traficando na área central de Brasília, a enfermeira costumava fazer sons com a boca para chamar a atenção de dependentes químicos ávidos por pedras de crack.