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Empresário extorquido por promotor se manifesta. Veja declaração

De acordo com a Operação Iscariotes, o empresário procurou o plantão da Polícia Federal e relatou que havia sido abordado pelo promotor

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1 de 1 Homens conversando - Foto: Reprodução

Após o promotor de Justiça do Piauí Maurício Verdejo Gonçalves Júnior ser alvo de busca de apreensão pela Polícia Federal (PF) por exigir R$ 3 milhões em dinheiro para arquivar uma investigação contra Junno Pinheiro Campos de Sousa (de camisa azul na foto em destaque), o empresário resolveu se manifestar por meio das redes sociais do Grupo Imagem, uma de suas empresas.

Em nota, o empresário afirmou que “apesar do grupo ter absoluta convicção de não ter praticado qualquer ato ilícito, essas acusações e ameaças, sem qualquer fundamento ou base probatória, estão sendo questionadas legalmente perante o Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, onde, certamente, tudo virá à luz e as motivações não republicanas serão reveladas, como no caso da operação de ontem”, diz trecho da nota.

De acordo com a Operação Iscariotes, o empresário procurou o plantão da Polícia Federal e relatou que havia sido abordado pelo promotor de Justiça em um restaurante, ocasião em que o investigado teria dado o prazo de poucos dias para que a vítima pagasse o montante milionário, para que não fosse mais investigada.

Como o investigado tem prerrogativa, em razão da função pública, o fato foi comunicado ao Procurador-Geral de Justiça do Piauí, a quem cabe investigar membros do Ministério Público. Ele, então, solicitou a cooperação da Polícia Federal, tendo em vista que a entrega do dinheiro era iminente.

Veja imagens da operação:

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Recebimento

Após seguidos dias de diligências, a equipe de investigação confirmou o teor dos relatos da vítima, conseguindo, inclusive, registrar o recebimento de parte do montante pelo investigado.

Diante da representação ministerial, o Tribunal de Justiça do Piauí expediu mandado de busca e apreensão contra o promotor.

Veja vídeos da operação:

O agente público poderá responder pelo crime de concussão, que consiste na conduta de exigir, para si ou outra pessoa, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

O nome da operação faz referência a Judas Iscariotes, pois o agente público, incumbido da função de fiscal da lei, é suspeito de trair a confiança do Estado e da instituição.

Confira a nota do empresário:

O Grupo Imagem, atendendo aos inúmeros pedidos de manifestação e esclarecimentos solicitados pela imprensa após a Operação “Iscariotes”, deflagrada pela Polícia Federal em conjunto com a Procuradoria Geral do Ministério Público Estadual, vem a público informar que estava sendo vítima de atos criminosos de concussão, extorsão e abuso de poder.

O Diretor Geral do grupo foi abordado por uma autoridade pública que ameaçou implicá-lo criminalmente em falsas denúncias e investigações fabricadas relacionadas a licitações, caso não pagasse valores indevidos. Apesar do grupo ter absoluta convicção de não ter praticado qualquer ato ilícito, essas acusações e ameaças, sem qualquer fundamento ou base probatória, estão sendo questionadas legalmente perante o Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, onde, certamente, tudo virá à luz e as motivações não republicanas serão reveladas, como no caso da operação de ontem.

Reiteramos que o acontecido foi um ato isolado, praticado por um membro do Ministério Público que agiu em desrespeito ao espírito republicano do órgão. Este membro exigiu dinheiro para não atacar a idoneidade do Grupo Imagem e de seus sócios, utilizando-se de investigações fabricadas e operações midiáticas destinadas a ferir a honra dos proprietários do Grupo. Diante dessa agressiva extorsão, o Diretor Geral do Grupo Imagem não teve outra alternativa senão denunciar o caso às autoridades competentes, incluindo a Polícia Federal e o Ministério Público.

Como resultado, foi deflagrada a operação conjunta “Operação Iscariotes”. Em razão do segredo de justiça, no momento, não podemos fornecer maiores detalhes. Continuamos comprometidos em oferecer serviços de qualidade e manter a confiança de nossos clientes.

Agradecemos o apoio e a compreensão de todos durante este período difícil, especialmente o apoio institucional dos policiais federais, membros do Ministério Público e do Poder Judiciário do Estado do Piauí.

Leia nota na do Ministério Público do Piauí:

“O Ministério Público do Estado Piauí se manifesta perante a sociedade piauiense acerca da Operação Iscariotes, realizada pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (7/8), e que resultou no cumprimento de mandado de busca e apreensão em desfavor de um promotor de Justiça.

A Subprocuradoria-Geral de Justiça Jurídica, órgão do MPPI, no exercício das suas atribuições processuais de investigação dos membros da instituição, informa que solicitou a cooperação da Polícia Federal diante dos indícios de que o Promotor de Justiça havia pleiteado vantagem indevida para sustar procedimento criminal.

O Ministério Público reafirma seu papel de instituição que representa os interesses sociais, a integridade na Administração Pública e o combate ao crime e à corrupção, trabalhando de forma imparcial pela promoção da Justiça.

O próprio Ministério Público remeteu representação ao Tribunal de Justiça, que expediu o mandado de busca e apreensão, devidamente cumprido.

O MPPI prosseguirá cumprindo seus deveres e atribuições. Independentemente do investigado, o compromisso da instituição é com a Justiça.”

 

 

 

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