Empreiteiro de 31 anos é sequestrado por grupo criminoso no Distrito Federal
A vítima foi sequestrada por grupo criminoso há 12 dias, após desaparecer, na noite de 26 de outubro, quando deixava a igreja, em Taguatinga
atualizado
Compartilhar notícia
Policiais da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investigam o sequestro do empreiteiro Daniel Carvalho da Silva, 31 anos. A vítima está sob poder de um grupo criminoso há 12 dias, após desaparecer, na noite de 26 de outubro. Ele deixava a igreja Centro de Evangelização Renascidos em Pentecostes, em Taguatinga, quando foi rendido.
Pouco depois de ser abordada, a vítima ainda manteve contato com a companheira por meio de mensagens de texto, enviadas pelo WhatsApp. “Estranhei, pois ele sempre teve o costume de mandar áudios. Naquela noite, ele disse que não havia voltado para casa porque estava resolvendo alguns problemas”, explicou a mulher de Daniel, com quem está casada há oito anos.
Horas depois, o empreiteiro ligou para a esposa afirmando que alguém havia batido no seu carro e estava resolvendo as questões do conserto. Desconfiada, a mulher foi atrás dele e não conseguiu localizar o veículo do marido. “Já no dia 27, perguntei a ele o que estava acontecendo e ele disse que estava resolvendo problemas”, disse.
Veja imagens do empreiteiro sequestrado:
Várias ligações
A família de Daniel fez dezenas de ligações ao longo do dia 27, mas nenhuma foi atendida. O celular, segundo os parentes, oscilava, ficando cerca de 30 minutos ligado e pelo menos cinco horas desligado. “Passamos a desconfiar da maneira que, supostamente, o Daniel escrevia. Ele recusava ligações por vídeo também”, detalhou a companheira da vítima.
Em 28 de outubro, o empreiteiro mandou os dois últimos áudios para a família. “Ele dizia apenas que estava tudo bem, mas a voz dele aparentava tristeza. Ele não falava onde estava e nem aceitava ajuda”, disse a mulher. Apenas por mensagens, Daniel escrevia que havia contraído dívidas e precisava de R$ 190 mil. “Ele dizia que estava sendo extorquido por agiotas, mas nunca teve e nem possui qualquer tipo de dívida”, garantiu a mulher.
O empreiteiro costumava andar com um cordão e pulseira de ouro, avaliados em cerca de R$ 30 mil. No dia em desapareceu, Daniel havia recebido muito dinheiro. “Esses valores estavam depositados na conta corrente dele”, disse a companheira.
“Além disso, um caminhão simulando uma mudança parou na frente da residência e levou tudo que havia dentro da casa. As roupas, móveis e todos os aparelhos eletrônicos”, disse a mulher, que não estava no local no momento do ocorrido.
Procurada pela coluna, a Corpatri informou que trabalha ininterruptamente na elucidação do caso. Também foi informado que qualquer pessoa que tenha informações sobre o paradeiro de Daniel Carvalho ligue para o disque-denúncia da PCDF por meio do telefone 197.