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“Emergentes do tráfico”: gerente morre após abrir fogo contra a PCDF

Os policiais foram recebidos a tiros quando faziam a entrada tática para cumprir o mandado de prisão e de busca contra o traficante

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homem em resort
1 de 1 homem em resort - Foto: Reprodução

Um dos principais integrantes da organização criminosa conhecida “emergentes do tráfico”, desmantelada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), nesta quinta-feira (27/6), Lucas Henrique Barbosa (foto em destaque), morreu ao abrir fogo contra as equipes do Grupo de Operações Táticas (GOT) da Polícia Civil de Alagoas e da PCDF, no Condomínio Mar do Francês, em Marechal Deodoro (AL). Os policiais foram recebidos a tiros quando faziam a entrada tática para cumprir o mandado de prisão e de busca e apreensão contra o traficante.

Lucas, que era conhecido como Danone, era morador do Gama, mas estava morando em Maceió, Alagoas. O criminoso era o responsável por distribuir os carregamentos de drogas vindos de São Paulo e Rio de Janeiro para traficantes menores que atuam em Brasília. Os policiais apreenderam a arma, com quatro cápsulas deflagradas, usada por Danone para atirar nas equipes da PCDF.

Com o dinheiro amealhado com o tráfico de drogas, Danone levava uma vida luxuosa, se hospedando em alguns dos resorts mais caros do litoral nordestino. Ele também costumava usar um jet-ski para andar por praias nordestina e no Lago Paranoá quando passava por Brasília.

Veja imagens do traficante Danone, morto após abrir fogo contra a PCDF: 

 

A organização

Articulado, o grupo criminoso era hierarquizado e seus integrantes contavam com funções bem definidas. Os traficantes faturavam fortuna com a aquisição de drogas em São Paulo, Rio de Janeiro e Paraguai. Em seguida, as “mulas”  — homens e mulheres usados pelos traficantes para transportar a droga — levavam os carregamentos para o DF. Um intermediário da organização se encarregava de revender a droga para outros traficantes que atuam em várias regiões administrativas do DF.

Veja carregamento de drogas repassadas pela organização criminosa a traficantes do DF:

Cofre abarrotado

De acordo com as investigações da Cord, as mulheres dos traficantes líderes do esquema eram as responsáveis por toda a operação financeira da quadrilha. O fluxo de caixa era enorme e os membros do grupo viviam constantemente em contato para trocar informações sobre o “caminho” do dinheiro amealhado com o tráfico.

Especializados na distribuição de haxixe — espécie de resina extraída da maconha com alta concentração de THC — que possui valor agregado bem mais alto que a maconha, os criminosos apostavam no transporte de pequenas cargas, mas com muito valor agregado. Parte da droga tinha como destino festas de com frequentadores de alto poder aquisitivo.

Os eventos realizados em praias no litoral baiano eram embaladas pelas drogas despejadas pelo casal emergente do tráfico. Em imagens obtidas pela coluna, os traficantes mostram fardos de dinheiro e um cofre abarrotado que, segundo um dos traficantes, guardava R$ 169 mil.

Lavagem de dinheiro

Durante as investigações, os policiais identificaram que a organização criminosa utilizava a prática de lavagem de dinheiro conhecida como “smurfing”, fragmentando depósitos bancários e pulverizando o dinheiro em diversas contas correntes, sempre em nome de laranjas. Em seguida, os valores eram gastos em viagens, joias, carrões esportivos e outros bens de consumo.

Os traficantes ainda utilizavam empresas de fachada para tentar ocultar a origem do dinheiro faturado com o intenso tráfico de drogas. A principal operadora financeira do esquema, namorada do líder da organização criminosa, movimentava a fortuna conquistada com a venda das drogas.

No período de um ano, mesmo sendo dona de uma pequena lojinha de roupas já com CNPJ baixado, a mulher recebeu em sua conta R$ 500 mil, tendo como principal destinatário dos débitos, o seu companheiro.

O faturamento anual bruto da suposta empresa seria de R$ 7o mil, tendo recebido os R$ 500 mil entre agosto de 2020 e agosto de 2021. Apenas em outubro de 2021, a namorada do líder da organização viu R$ 300 mil serem depositados em suas contas bancárias.

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