Em Orlando, Anderson Torres fala sobre pedido de prisão: “Acredito na Justiça”
Em entrevista à coluna, Torres afirmou que considera antecipar o retorno ao Brasil, mas ainda não tem data prevista
atualizado
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Orlando (EUA) – De férias com a família em Orlando, nos Estados Unidos, o ex-secretário de segurança do Distrito Federal Anderson Torres negou que tenha falado ou se encontrado nos últimos dias com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com quem manteve aliança. A afirmação foi feita por Anderson Torres em entrevista à coluna.
Torres também afirmou que antecipará o retorno ao Brasil e se entregará à PF.
“Hoje, recebi a notícia de que o ministro Alexandre Moraes do STF determinou minha prisão e autorizou busca em minha residência. Tomei a decisão de interromper minhas férias e retornar ao Brasil. Irei me apresentar à Justiça e cuidar da minha defesa. Sempre pautei minhas ações pela ética e pela legalidade. Acredito na Justiça brasileira e na força das instituições. Estou certo de que a verdade prevalecerá”, disse Torres à coluna.
O ex-secretário viajou na sexta-feira (6/1), dois dias antes das invasões aos prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto. Na tarde desta terça-feira (10/1), agentes da Polícia Federal (PF) foram até a casa dele, no condomínio Ville de Montagne, no Jardim Botânico, em Brasília.
A propriedade de Torres fica no mesmo condomínio onde Bolsonaro procurou casa para alugar.
Ex-ministro de Bolsonaro, Torres era o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal no dia em que ocorreram os ataques terroristas contra os prédios dos Três Poderes. Ele foi exonerado pelo governador afastado do DF, Ibaneis Rocha, após os atentados.
Invasões
Por volta das 14h40 de domingo, extremistas invadiram o Congresso Nacional sob uma chuva de bombas de gás lacrimogênio. Em seguida, conseguiram passar pelas barricadas da Polícia Militar do Distrito Federal e entrar no Palácio do Planalto, sede da Presidência da República.
O presidente Lula decretou intervenção federal no DF até 31 de janeiro.