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Em novo depoimento, personal se contradiz sobre morte de médica no DF

Em recente depoimento, o então companheiro da profissional de saúde, o personal trainer André Reis Villela, 41, mudou a primeira versão

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Escoriações e costelas quebradas: tratado como suicídio, caso de médica morta no DF deve sofrer reviravolta
1 de 1 Escoriações e costelas quebradas: tratado como suicídio, caso de médica morta no DF deve sofrer reviravolta - Foto: Arte sobre reprodução

Novos depoimentos juntados ao inquérito que apura a morte da médica Sabrina Nominato Fernandes Villela (foto em destaque), aos 37 anos, pode trazer novo desfecho para o caso. Em recente termo de declaração, o então companheiro da profissional de saúde, o personal trainer André Reis Villela, 41, mudou a versão apresentada na primeira oitiva, ocorrida logo após a morte da intensivista em um condomínio do Altiplano Leste.

Na segunda declaração, André mencionou fatos novos e contraditórios ao primeiro depoimento. Em um primeiro momento, por exemplo, o personal afirmou que, ao chegar ao quarto, “Sabrina estava com as costas todas cobertas, apenas o rosto não estava sob o cobertor. Ela estava deitada de bruços, com os cabelos no rosto e o braço esquerdo esticado embaixo do travesseiro, e o rosto com a parte frontal do travesseiro tampando o nariz e a boca, e o outro braço encolhido e com a mão de concha (contraída)”.

Já no segundo, ele disse que “chegou em casa (na tarde de 10 de outubro de 2020) e viu Sabrina deitada de bruços e que ela estava em uma posição diversa da que estava no momento em que saiu para trabalhar”.

Todavia, de acordo com laudo pericial juntado ao inquérito, Sabrina já estava morta antes mesmo de André sair para trabalhar, portanto, a versão seria incompatível com a versão do personal.

Veja fotos da médica:

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Ela havia sido supostamente encontrada morta por ele, na casa onde os dois moravam, no Lago Sul
O professor de educação física André Reis Villela é acusado de matá-la
Sabrina Nominato era cardiologista
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Médica tinha seguro de vida no valor de R$ 500 mil e do qual marido era o único beneficiário

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Ela havia sido supostamente encontrada morta por ele, na casa onde os dois moravam, no Lago Sul

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O professor de educação física André Reis Villela é acusado de matá-la

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Sabrina Nominato era cardiologista

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Inquérito

Segundo laudo pericial juntado ao inquérito, Sabrina estava morta antes mesmo de André sair para trabalhar, situação incompatível com a versão do ex-companheiro. Outro laudo mostrou que Sabrina foi vítima de asfixia por sufocação direta e intencional, afastando, assim, a possibilidade de a morte ter ocorrido por ingestão de álcool com remédios, segundo a advogada Sofia Coelho, que representa a médica. ” As provas colhidas até agora apontam que Sabrina foi assassinada”, defendeu.

O caso

Recheado de perguntas que ainda precisam ser respondidas, o inquérito traz à tona depoimentos que demonstram relação abusiva entre Sabrina e o marido. Casados havia seis anos, os dois viviam em uma propriedade alugada, no condomínio Mini Chácaras, no Altiplano Leste.

Quando encontrada, Sabrina estava roxa e com o corpo enrijecido. Uma ambulância do Corpo de Bombeiros foi acionada pelo personal trainer. Logo em seguida, a equipe de socorristas confirmou o óbito. A Polícia Civil foi chamada pelo porteiro do condomínio somente por volta das 16h.

Depoimento do personal

Acompanhado de um advogado, o personal trainer prestou depoimento na delegacia horas após o corpo da cardiologista ter sido encontrado. Villela afirmou que, no dia anterior à morte, o casal havia participado do aniversário de uma amiga, em um restaurante na QI 5 do Lago Sul, entre as 14h e as 19h. Em seguida, foram para um bar, na 202 Sul, onde Sabrina teria ingerido muita bebida alcoólica.

No local, a médica teria passado mal ao sofrer uma síndrome vasovagal, condição que consiste na perda transitória da consciência, provocada pela diminuição da pressão arterial e dos batimentos cardíacos. De acordo com o marido, ela teria deitado no chão e levantado as pernas. Sentindo-se melhor, teria voltado a beber.

O marido relatou em depoimento que Sabrina fazia uso diário de remédios para dormir. A médica tomaria até cinco comprimidos de uma vez e, em função disso, chegava a urinar na cama com regularidade, o que o deixava irritado.

O personal trainer contou aos policiais que a esposa apresentava sinais de depressão e havia sofrido dois abortos espontâneos. Na mesma oitiva, ele disse nunca ter visto a mulher falar sobre tirar a própria vida.

A reportagem não conseguiu localizar André Reis por meio dos contatos disponíveis no inquérito policial. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.

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