Edu Pica: miliciano que recolhia “arrego” liderava grupo de extermínio
O miliciano já havia sido preso anteriormente acusados de homicídio qualificado, mas foi solto e respondia ao processo em liberdade
atualizado
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Conhecido por ser um dos poucos milicianos que escaparam da prisão durante a Operação Calabar, da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Carlos Eduardo Batista de Souza (foto em destaque), o “Edu Pica”, segue foragido. A ação mirou os arrecadadores da propina paga por traficantes a policiais militares do 7º Batalhão da Polícia Militar, no município carioca de São Gonçalo.
Ao todo, 91 dos 96 PMs denunciados já tinham sido presos no que foi a maior operação contra a corrupção policial da história do estado do Rio. Edu Pica era, de acordo com as investigações, um dos “professores” do homem que colaborou com as investigações. Incluído no programa de proteção à testemunha, o delator também era um dos arrecadadores do chamado “arrego”, nome dado pelos criminosos para propina.
O miliciano já havia sido preso anteriormente acusado de homicídio qualificado, mas foi solto e respondia ao processo em liberdade. Nos últimos seis anos, outros mandados de prisão contra os eles foram expedidos no âmbito da Calabar.
Agiotagem
Há, ainda, informações de milícia ligada a Edu Pica operando transporte alternativo. Por meio de investigações, a Polícia Civil identificou 24 pessoas que teriam envolvimento com a milícia do Jardim Catarina, onde Edu Pica também dominava. Entre elas, constam policiais militares, comerciantes, agiotas e seguranças do comércio.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, o miliciano teria participado, com outros dois suspeitos, da tentativa de homicídio de um homem, no dia 15 de abril de 2012, em São Gonçalo. A ação aconteceu em frente a uma farmácia que ainda estava aberta. A vítima levou sete tiros, mas sobreviveu.