Donos de supermercado que furtou energia são presos no DF
Alvos são investigados pela PCDF por desviar cerca de R$ 1,15 milhão referente à conta de energia. Dois sócios e um eletricista foram presos
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu preventivamente dois sócios e um eletricista de uma rede de supermercados pelo desvio de, aproximadamente, R$ 1,15 milhão em energia elétrica. A ação, que é um desdobramento da Operação Cesta Básica, foi realizada na manhã desta segunda-feira (6/11).
As prisões preventivas foram decretadas após a investigação constatar que os suspeitos estavam destruindo evidências de outras ligações clandestinas instaladas em unidades da rede que ainda não haviam sido periciadas.
Além disso, o eletricista responsável pela realização dos desvios de energia também foi preso preventivamente após os investigadores descobrirem que, durante a primeira fase da operação, ele cometeu uma fraude processual ao tentar desfazer um dos “gatos” enquanto uma das unidades da empresa era vistoriada pela PCDF.
Também foi constatado que um dos sócios que foi alvo da operação possuía uma ligação clandestina na sua própria residência.
Segundo a PCDF, um dos sócios com mandado de prisão preventiva decretado está foragido.
Primeira fase da operação
Na primeira fase da operação, realizada no dia 26 de outubro, as equipes da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri) cumpriram oito mandados de busca e apreensão. Além disso, ao menos oito filiais passaram por perícia do Instituto de Criminalística (IC).
As lojas ficam em Ceilândia, no Gama, no Recanto das Emas, em Taguatinga e em Santa Maria.
Os suspeitos usavam um “sistema de desvio de energia altamente sofisticado e de difícil constatação”, de acordo com as investigações.
Os policiais encontraram, ainda, temporizadores nos relógios de energia, para diminuição dos valores verificados na medição, bem como quadros de eletricidade derivados dos regulares e ocultos em construções de alvenaria.
Riscos
As investigações, que ocorrem em parceria com a Neoenergia Brasília, começaram em setembro. Agora, os itens apreendidos passarão por análise técnica, em laboratório.
Após a perícia, segundo a concessionária, será possível calcular o volume de energia recuperado. “Toda energia não medida e consumida será cobrada por meio de processo administrativo”, destacou a empresa.