Dona de loja de carros é investigada pela PCDF por dar golpes em mais de 30 clientes
Agentes da PCDF cumpriram mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de contas, expedidos pela 8ª Vara Criminal de Brasília
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da 8ª DP, deflagrou a operação Gasoline nesta sexta-feira (30/6) contra a loja de carros Fort Veículo, na Cidade do Automóvel, que praticava crimes de estelionato. Os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de contas, expedidos pela 8ª Vara Criminal de Brasília.
Segundo as investigações da PCDF, a dona da loja, de 37 anos, vem causando prejuízo a inúmeras vítimas. Atualmente, já são 35 ocorrências registradas contra a loja e a autora, sendo que somente em seis das denúncias que compõem o inquérito, o lucro ilícito seria de no mínimo R$ 237 mil. A mulher já possui passagens por outros crimes de estelionato, apropriação indébita, vias de fato, injúria, lesão corporal e ameaça.
O golpe praticado se dava de duas maneiras. Na primeira, a mulher captava vítimas que anunciavam seu veículo no site OLX, informando enganosamente que já teriam compradores certos. Assim, os “clientes” deixavam seus veículos para venda na loja. Muitas vezes os veículos eram vendidos, a vítima confiava na palavra da indiciada, preenchia o Documento Único de Transferência (Dut) para transferência, mas nunca recebia o dinheiro referente à venda.
Veja vídeo da operação:
Além disso, informou a PCDF, a suspeita também enganava as vítimas informando que, por ter comprador certo, precisava que fosse depositado uma quantia para polimento e troca de bateria. Nos casos de veículos com débitos, induzia as vítimas a erro para que realizassem o depósito do valor para pagamento de multas, IPVA e licenciamentos. No entanto, os serviços nunca eram realizados e os débitos não eram quitados junto ao Detran.
Em um dos casos, a autora forneceu um documento de licenciamento com “QR Code” falso, como se o carro estivesse regularizado, porém os débitos permaneciam. A autora confessou os crimes de estelionato, negando a falsidade documental, afirmando ter sido enganada por um despachante e confirmou que teve um lucro de aproximadamente 400 mil reais.
Ela alega que a postura criminosa se deu por precisar pagar suas dívidas. A dona da loja é ré em dezenas de processos cíveis, cobrando justamente os prejuízos sofridos em muitos desses crimes. O somatório das penas máximas pelos crimes é de 36 anos de prisão.