Dinheiro apreendido do tráfico é usado para treinar cães farejadores
Unidade da Polícia Rodoviária Federal, na capital da República, foi estruturada com investimento de R$ 4 milhões do Fundo Nacional Antidroga
atualizado
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O trabalho das forças de segurança no combate ao tráfico de drogas será reforçado com a inauguração do primeiro Centro de Desenvolvimento de Cães da Polícia Rodoviária Federal, nesta quarta-feira (8/12). A unidade faz parte dos projetos financiados pelo Fundo Nacional Antidrogas (Funad), administrado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, que recebe recursos da venda de bens apreendidos do tráfico de entorpecentes no país.
Ao todo foram investidos R$ 4 milhões na construção do centro nacional de formação de cães policiais que atenderá, não só a Polícia Rodoviária Federal, mas também de outros órgãos de segurança pública do país. O local será utilizado para formação de policiais que atuam na área de manejo e treinamento de cães de faro. “Usamos os recursos obtidos com a venda de bens oriundos do crime na modernização e no fortalecimento da segurança pública. ” explicou o ministro da Justiça, Anderson Torres.
O Centro de Desenvolvimento de Cães possui 17 mil metros quadrados para abrigar 30 baias, ambulatório para tratamento veterinário dos animais e estrutura de ensino para a certificação de cães policiais. Após a formação, os cães da PRF serão distribuídos para as 15 bases estaduais que possuem o Grupo de Operações com Cães.
Com o auxílio dos cães farejadores, as fiscalizações em veículos tornaram mais assertivas na busca de ilícitos. Graças ao seu olfato apurado, os cachorros conseguem detectar uma variabilidade de cheiros e se tornaram cruciais nas operações. Os cachorros possuem um olfato cerca de 50 vezes maior que o dos seres humanos.
Fundo Antidrogas
O Fundo Nacional Antidrogas (Funad) teve mais de R$ 200 milhões arrecadados desde 2019. O valor é resultado do trabalho do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que aplicou o montante no fortalecimento da Segurança Pública do país e em políticas de prevenção às drogas, como o projeto do Centro de Desenvolvimento de Cães.
Esses investimentos vão desde a aquisição de viaturas, drones, equipamentos de inteligência, de comunicação e de perícia, além de uniformes e de computadores de alta performance para a Polícia Federal, financiamento de grandes operações policiais, a exemplo da Operação Narco Brasil.
O recurso arrecadado também já viabilizou investimentos como o sistema de radiocomunicação na região de Fronteira, por meio do Programa VIGIA, e o Drogômetro (em fase teste), que irá auxiliar na detecção de drogas psicoativas por motoristas de trânsito.