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DF: chefe de bando que cometia golpe da falsa central bancária é preso

Prisão é um desdobramento da Operação Mão Fantasma 1, deflagrada pela PCDF nessa 4ª (12/6). Suspeito estava escondido em hotel de Valparaíso

atualizado

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Líder da quadrilha da falsa central de banco Wallyson Rodrigues
1 de 1 Líder da quadrilha da falsa central de banco Wallyson Rodrigues - Foto: Divulgação/PCDF

Suspeito de chefiar uma quadrilha especializada no golpe da falsa central de segurança de banco contra idosos, Wallyson Rodrigues de Oliveira foi preso pela Polícia Militar de Goias (PMGO), na madrugada desta quinta-feira (13/6).

A prisão é um desdobramento da Operação Mão Fantasma 1, deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) nessa quarta (12/6). O suspeito estava escondido em um hotel de Valparaíso, no Entorno do DF. Ele foi levado para a 20ª Delegacia de Polícia (Gama).

Com ele, os policiais encontraram dois celulares que serão analisados.

Apuração

Investigadores da 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte) cumpriram oito mandados de prisão e quatro de busca e apreensão contra a quadrilha. A ação ocorreu nessa quarta-feira no Novo Gama (GO), no Entorno do Distrito Federal, em Ceilândia (DF) e em Planaltina (DF).

Os suspeitos foram alvo da operação por darem o golpe da falsa central de segurança de banco contra idosos. Uma moradora do Lago Norte teve o cartão levado pelos bandidos e amargou um prejuízo de R$ 107 mil.

A vítima teve todas as reservas sacadas, segundo a PCDF.

Veja imagens da operação:

Dados na darkweb

As investigações da PCDF revelaram que os criminosos compravam na darkweb – camada da internet não acessível por navegadores comuns – planilhas com dados cadastrais de milhões de pessoas, como números de celular, endereços residenciais, inscrições de contas bancárias e detalhes do perfil socioeconômico.

Com base nessas informações, os criminosos selecionavam as vítimas com maior poder aquisitivo, preferencialmente idosos, e entravam em contato por telefone. Para enganarem os alvos, eles se passavam por representantes de centrais de segurança bancárias, inclusive com uso de artifícios para que o verdadeiro telefone da instituição financeira aparecesse no identificador de chamadas.

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oliciais civis cumprem oito mandados de prisão e quatro de busca e apreensão no Novo Gama, em Ceilândia e Planaltina
De acordo com a PCDF, os criminosos compravam na darkweb planilhas contento dados cadastrais de milhões de pessoas
Os criminosos se aproveitavam da menor familiaridade das vítimas com as novas tecnologias e induziam as pessoas ao erro afirmando que teriam sido detectadas transações fraudulentas nas contas
Uma das vítimas, moradora do Lago-Norte, teve todas suas reservas debitadas, resultando em um prejuízo de R$ 107 mil
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PCDF faz operação contra golpe da falsa central de segurança de banco

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De acordo com a PCDF, os criminosos compravam na darkweb planilhas contento dados cadastrais de milhões de pessoas

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Os criminosos se aproveitavam da menor familiaridade das vítimas com as novas tecnologias e induziam as pessoas ao erro afirmando que teriam sido detectadas transações fraudulentas nas contas

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Uma das vítimas, moradora do Lago-Norte, teve todas suas reservas debitadas, resultando em um prejuízo de R$ 107 mil

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Os golpistas conseguiam convencer as vítimas a entregar cartões e celulares a um “intermediário do banco”, que visitava a casa do cliente e pegava os itens para “perícia”. Posteriormente, faziam saques, transferências e empréstimos fraudulentos.

“Após esse tipo de golpe, geralmente, os bancos se negam a fazer o estorno dos valores, pois as vítimas entregaram os cartões aos criminosos. Assim, há pessoas idosas enganadas, que, no fim da vida, têm de suportar prejuízos e dívidas impagáveis”, afirmou o delegado Erick Sallum, da 9ª DP.

Aluguel de contas

A investigação detectou, ainda, o aluguel de contas bancárias para serem o canal primário de recebimento do dinheiro desviado.

Os policiais mapearam “market places” nas mídias sociais e verificaram que a compra ou venda de contas bancárias se tornou atividade normalizada. No entanto, vale lembrar que a atividade pode configurar crime de lavagem de dinheiro e fraude eletrônica, cujas penas variam de quatro a oito anos de prisão.

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