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DF: briga entre bolsonaristas, lulistas e deputado acaba na delegacia

Bolsonarista acusa lulista de agressão e racismo, enquanto apoiadores do PT também alegam empurrões e atuação política da PM

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Bolsonaristas e lulistas em campanha na Rodoviária, discutindo, com intervenção da PM
1 de 1 Bolsonaristas e lulistas em campanha na Rodoviária, discutindo, com intervenção da PM - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Uma confusão na Rodoviária envolvendo bolsonaristas, lulistas, um deputado distrital e a Polícia Militar acabou na delegacia. A briga, que teve troca de acusações sobre agressões e racismo, aconteceu nesta quarta-feira (26/10).

Uma equipe da PM e uma mulher de 59 anos, cabo eleitoral de Jair Bolsonaro (PL), foram até a 5ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) para denunciar pessoas que trabalhavam na campanha do também candidato Lula (PT) na plataforma superior da Rodoviária. Ela conta que vende sombrinhas no local, mas que passou a ser atrapalhada e hostilizada por uma petista.

Segundo a bolsonarista, a apoiadora de Lula a chamou de “nega suja” durante um bate-boca nesta semana e a confusão virou agressão física nesta quarta, quando a petista a teria atingido com um megafone na boca. A mulher chamou a PM e o tumulto ficou maior.

Dois militares foram até a acusada e o deputado distrital Chico Vigilante (PT) precisou intervir. Na versão dos PMs, o parlamentar e cerca de 60 manifestantes pró-Lula cercaram os dois policiais que atendiam a ocorrência e bloquearam a movimentação da equipe, que pediu reforço.

Eles ainda dizem que o deputado impediu a identificação da petista acusada de agressão, instigou os manifestantes a não deixarem a PM atuar no caso, chegou a dar um chute na perna da bolsonarista e ofendeu os militares, afirmando que eles eram “cachorros do governo”.

Já Chico Vigilante conta outra versão. Segundo ele, a bolsonarista que foi à delegacia como vítima na verdade vinha provocando os petistas nos últimos dias e hoje chegou a empurrar e derrubar uma mulher. O distrital nega que tenha atrapalhado o trabalho da PM na identificação da lulista acusada.

“Os policiais iam levando a nossa companheira e eu falei que não podiam prender uma eleitora sem o flagrante delito. Não tinha flagrante ali. Mas o oficial veio, conversou e a gente resolveu”, alega.

O deputado reclama ainda do que chama de atuação partidária dos dois militares que atenderam a ocorrência inicialmente. “Tiveram uma postura lamentável. Não estão preparados para estarem na rua. Amanhã eu vou representar contra eles na Corregedoria da PMDF”, diz.

Sobre a acusação de que a lulista teria sido racista com a bolsonarista, ele argumenta que a petista havia apenas falado para a rival política que ela era mulher e negra, e não deveria apoiar o atual presidente.

O caso está sendo investigado pela 5ª DP. A bolsonarista chegou na delegacia sem lesões aparentes, mas passou por exames de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML). Ela quis representar criminalmente contra a lulista e não denunciou o deputado.

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