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Deputado Carlos Jordy passou orientação sobre atos a golpistas, diz PF

Policiais federais fizeram buscas na Câmara dos Deputados e nos endereços ligados ao parlamentar no Distrito Federal e no Rio de Janeiro

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Bruno Spada/Câmara dos Deputados
O líder da oposição na Câmara, deputado Carlos Jordy, fala ao microfone durante reunião com correligionários
1 de 1 O líder da oposição na Câmara, deputado Carlos Jordy, fala ao microfone durante reunião com correligionários - Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Segundo investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF), mensagens comprovam que o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) passou orientações sobre atos golpistas a bolsonaristas do Rio de Janeiro. O parlamentar é um dos alvos da nova fase da Operação Lesa Pátria deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (18/1). A ação da PF foi antecipada pela coluna Na Mira.

Policiais federais fizeram buscas na Câmara dos Deputados e nos endereços ligados ao parlamentar no Distrito Federal e no Rio de Janeiro. É a primeira vez que um deputado é alvo de busca e apreensão no âmbito da Lesa Pátria.

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Há uma semana, operação na Câmara mirou deputado Carlos Jordy
A operação foi deflagrada nesta quinta-feira (18/1) pela Polícia Federal (PF)
Nova operação assombra os corredores da Câmara
Foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo STF, no RJ (8) e no DF (2)
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O objetivo da 24ª fase é identificar pessoas que planejaram, financiaram e incitaram atos antidemocráticos

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Foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo STF, no RJ (8) e no DF (2)

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A PF acredita que as mensagens trocadas podem ter servido como “atos preparatórios” para os ataques que ocorreram em 8/1 do ano passado.

Conforme nota divulgada pela corporação, o objetivo da 24ª fase é identificar pessoas que planejaram, financiaram e incitaram atos antidemocráticos entre outubro de 2022 e o início do ano passado, no interior do estado do Rio de Janeiro (RJ).

Ao todo, são cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no Rio de Janeiro (8) e no Distrito Federal (2).

Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime.

“Acordado com fuzil no rosto”

Ainda nesta manhã, Carlos Jordy usou suas redes sociais para repudiar a Operação Lesa Pátria. O deputado chamou a ação de “piada” e reclamou que foi acordado com um “fuzil no rosto”. A PF, entretanto, nega a informação divulgada pelo político.

“Estava dormindo com minha filha e esposa e fui acordado com fuzil no rosto pela PF. Os agentes até foram bem educados, diziam que estavam fazendo o trabalho deles”, afirmou.

“Isso aí é a verdadeira constatação de que estamos vivendo uma ditadura. Eu em momento algum incitei, falei para as pessoas que aquilo era correto, em momento algum estive nos quartéis generais no momento em que aconteciam aqueles acampamentos”, disse Jordy em vídeo publicado no X, antigo Twitter.

 

Viés político

Jordy ainda acusou a operação, que foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de ter um viés político, em relação às eleições municipais de 2024.

“Isso é uma piada, uma piada. O que estão fazendo é óbvio que tem o intuito de perseguir seus adversários. Também estão mirando as eleições municipais, já que eu sou pré-candidato a prefeito de Niterói. É óbvio que tem viés totalitário, intimidatório, não tem respaldo legal”, declarou.

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