O Sindicato dos Delegados de Polícia do Distrito Federal (Sindepo-DF) e a Associação dos Delegados de Polícia do Distrito Federal (Adepol-DF) publicaram uma nota de repúdio aos atos violentos de bolsonaristas nas sedes dos Três Poderes no domingo (8/1).

Em nota conjunta divulgada nesta segunda-feira (9/1), os delegados reforçaram o empenho da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e o “dever constitucional” em investigar os crimes praticados e punir os responsáveis.

“Entendemos que as manifestações políticas pacíficas fazem parte da democracia, entretanto não podemos tolerar os atos de vandalismo que ocasionaram a destruição do patrimônio público. Os crimes praticados serão devidamente apurados e seus responsáveis responderão conforme determina a lei penal”, declarou a Diretoria das Entidades policiais, em nota.

Leia a nota completa:

“O Sindicato dos Delegados de Polícia do Distrito Federal (Sindepo-DF) e a Associação dos Delegados de Polícia do Distrito Federal (Adepol-DF), vem a público repudiar veementemente todos os atos violentos ocorridos ontem, 08 de janeiro de 2023, em Brasília, nas sedes dos Três Poderes da Capital da República.

Entendemos que as manifestações políticas pacíficas fazem parte da democracia, entretanto não podemos tolerar os atos de vandalismo que ocasionaram a destruição do patrimônio público. Os crimes praticados serão devidamente apurados e seus responsáveis responderão conforme determina a lei penal.

A Polícia Civil do Distrito Federal é uma polícia de Estado e não de governo, dirigida por Delegados de Polícia de carreira, tendo o dever constitucional de apurar as infrações penais, independentemente da convicção política de quem quer que seja.

Temos certeza e a firme convicção que as condutas criminosas não ficarão sem resposta por parte da Polícia Civil do DF, que não mediu esforços, nesse dia sombrio, para colocar todo o seu efetivo de Delegados e de Policiais Civis nas ruas de Brasília e dar imediato início às investigações, com o objetivo de realizar a prisão de todos aqueles que desrespeitaram o Estado Democrático de Direito”.

Investigações prévias

O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) também divulgou nota sobre a situação e informou trabalhar “ininterruptamente” para as investigações.

A entidade ressaltou que, após o ocorrido, acionou todo o efetivo para apuração dos fatos e lembrou que tem atuado desde 12 de dezembro para encontrar envolvidos em outros atos de terrorismo em Brasília.

Leia o texto na íntegra:

O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) informa que os policiais civis do DF estão trabalhando ininterruptamente nas investigações para descobrir os responsáveis pelos crimes ocorridos nesse domingo, 8, na Praça dos Três Poderes, localizada na Esplanada dos Ministérios.

A entidade esclarece que há duas forças policiais atuantes em Brasília, uma preventiva e ostensiva, responsável pela atuação e segurança na Esplanada, e a outra repressiva judicial.

Esta segunda é composta por policiais civis do DF, que atuam após a ocorrência de atos criminosos na elucidação dos mais diversos crimes, de menor ou maior potencial, com o objetivo de assegurar a Paz Social, a Justiça e a Ordem Pública.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) informou que, após o ocorrido, acionou todo o seu efetivo para a pronta apuração dos fatos criminosos.

A corporação vem atuando desde o dia 12 de dezembro contra atos de vandalismo no DF: prendeu em flagrante o autor da tentativa de atentado contra as instalações do aeroporto de Brasília e identificou e prendeu responsáveis pelos atos criminosos ocorridos no dia 12 de dezembro.

Agora, o efetivo também atuará na identificação e prisão dos autores, mandantes e financiadores dos crimes ocorridos no último domingo.

O Sinpol-DF manifesta apoio ao delegado-geral da PCDF, Robson Cândido, que conduzirá as equipes nas investigações, e cumprimenta todos os policiais civis que estão dedicados na elucidação dos crimes ocorridos na capital federal.

À categoria, o sindicato informa que acompanhará as atividades dos policiais civis neste caso e que se coloca à disposição dos sindicalizados para demais esclarecimentos.

Invasões

Por volta das 14h40 de domingo, extremistas invadiram o Congresso Nacional, sob uma chuva de bombas de gás lacrimogênio. Em seguida, conseguiram passar pelas barricadas da Polícia Militar do Distrito Federal e entrar no Palácio do Planalto, sede da Presidência da República.

Eles protestam contra a vitória de Lula. Os bolsonaristas conseguiram passar pelas forças de segurança. Em resposta, o governador Ibaneis Rocha (MDB) determinou a exoneração do secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres.

O presidente Lula decretou intervenção federal no DF até 31 de janeiro.