De selfie com a polícia a rivais incinerados: quem é Rogério 157 do CV
Preso desde 2017, integrante da alta cúpula do CV deixa o presídio federal de Porto Velho (RO) para ingressar no sistema penitenciário do RJ
atualizado
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Prestes a desembarcar na capital fluminense, após decisão da 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), o traficante Rogério Avelino da Silva, conhecido como Rogério 157, volta ao estado de origem de facção criminosa que integra, o Comando Vermelho.
Preso desde 2017, o traficante da alta cúpula do CV deixa o presídio federal de Porto Velho, em Rondônia, para ingressar no sistema penitenciário do Rio de Janeiro.
Mas quem é o bandido temido tanto pelo mundo do crime quanto pela polícia? Conhecido pela violência, principalmente por ordenar que rivais fossem queimados vivos no chamado “micro-ondas” — quando vítimas eram incineradas dentro de pneus —, Rogério foi até visto como troféu entre integrantes das forças de segurança. Equipes da Polícia Civil do Rio de Janeiro chegaram a posar para selfies ao lado o traficante.
O faccionado entrou para o crime com ajuda de Antonio Francisco Bonfim Lopes — o Nem da Rocinha, preso desde 2011 —, de quem era segurança pessoal.
Rogério 157 também integrou o grupo armado que invadiu o Hotel Intercontinental, em São Conrado, em agosto de 2010, depois de um confronto com a polícia.
Veja imagens do traficante:
Do ADA para o CV
Quando passou a comandar o tráfico na Rocinha, maior favela da América Latina, pichações em muros da comunidade confirmaram que ele havia mudado de facção criminosa.
Inscrições com os dizeres “CV 157” teriam revelado que o traficante havia deixado o grupo Amigos dos Amigos (ADA), que tradicionalmente controlava o comércio de drogas na Rocinha. O destino seria o Comando Vermelho, facção mais antiga e com maior presença em comunidades do Rio.
O criminoso tem quatro condenações, que vão de tráfico de drogas a corrupção. Somadas, as penas alcançam 61 anos de reclusão.
A decisão de recambiar Rogério 157 de volta para o Rio de Janeiro ocorreu após a Polícia Civil do estado (PCRJ) pedir a manutenção da prisão do traficante no presídio federal, o que acabou negado pela Justiça.