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De furtos a estupros: hotéis do DF registram ao menos um crime por dia

Nos primeiros seis meses deste ano, PCDF registrou 253 crimes em hotéis. E, desde 2021, ocorrências nesses tipos de local chegam a 1,9 mil

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Pedro Ventura/Agência Brasília
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1 de 1 setor-hoteleiro-1-compressed - Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

Nos primeiros seis meses deste ano, ao menos 253 crimes foram cometidos dentro de hotéis do Distrito Federal – em média, um por dia. A quantidade equivale a 43,3% do total de ocorrências registradas em todo o ano passado.

Os delitos mais frequentes, segundo dados da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), envolvem furtos, estelionato, casos de violência contra a mulher e ameaças.

Alguns episódios que tiveram hotéis da capital do país como palco marcaram os brasilienses. Em janeiro deste ano, por exemplo, uma mulher foi encontrada morta dentro do quarto de um estabelecimento no Recanto das Emas.

Em abril, um homem foi preso em Minas Gerais por estuprar, filmar o crime e chantagear a vítima dois meses antes, em um hotel no Núcleo Bandeirante.

DF: turista processa hotel após ter quarto arrombado e perfume levado

Entre janeiro de 2021 e junho de 2024, a PCDF contabilizou 1.996 casos nesses tipos de estabelecimentos. Do total, a maioria (403) está sob apuração e ainda não foi tipificada como crimes específicos.

Outros 396 estão classificados como “crimes diversos”. Na sequência, aparecem 293 casos de furto, 270 de estelionato e 238 de ameaça.

Veja os 15 tipos de crimes mais registrados:

Drogas, ameaças e morte

Na última semana, a Polícia Militar (PMDF) foi acionada para intervir em uma briga registrada em um motel do DF. A discussão teria começado após o casal supostamente se recusar a pagar o estabelecimento.

Também recentemente, um sargento da PMDF morreu em um motel, depois de brigar com um motorista de aplicativo, ameaçar policiais militares e levar um tiro na cabeça.

A capital federal ainda teve um hotel que serviu para a movimentação do tráfico de crack. A droga circulava por Taguatinga e pontos espalhados pela área central de Brasília.

As investigações da PCDF revelaram que a associação criminosa fazia uma espécie de venda casada, com prostitutas que negociavam programas sempre acompanhados de porções de cocaína ou pedras de crack. O esquema foi divulgado após uma operação da polícia com a Secretaria de Estado de Proteção da Ordem Urbanística do Distrito Federal (DF Legal).

Pedido de mais segurança

Para o presidente do Sindicato Patronal de Hotéis, Restaurantes, Bares do Distrito Federal (Sindhobar), Jael Silva, é necessário que o governo local reforce a segurança nos setores hoteleiros Norte (SHN) e Sul (SHS).

Uma reclamação frequente da categoria, segundo ele, tem relação com a iluminação precária nessas áreas de Brasília. Procurado pela reportagem, o Governo do Distrito Federal (GDF) informou que o SHN e o SHS “já contam com iluminação em led”.

“A Companhia Energética de Brasília – Iluminação Pública e Serviços S.A (CEB Ipes) enviará equipes ao local para averiguar eventuais pontos apagados, mas reforça a importância de a população abrir chamado junto aos canais oficiais da CEB Ipes no caso de algum tipo de defeito no serviço. [Os canais de acesso são:] telefone 155, aplicativo IluminaDF e site www.ceb.com.br“, completa o GDF.

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