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CV: síndico do Condomínio do Tráfico tem quadriplex com hidromassagem

De acordo com engenheiros da prefeitura do Rio, a destruição desses dois imóveis significa um prejuízo de R$ 5 milhões para o tráfico

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CV: síndico do Condomínio do Tráfico tem quadriplex com hidromassagem
1 de 1 CV: síndico do Condomínio do Tráfico tem quadriplex com hidromassagem - Foto: Reprodução

Uma operação conjunta entre as forças de segurança do Rio de Janeiro, realizada nessa terça-feira (13/8), revelou a grandiosidade do esquema de lavagem de dinheiro do Comando Vermelho (CV) no Parque União, parte do Complexo da Maré.

Em meio à demolição de um “Condomínio do Tráfico”, os agentes se depararam com um quadriplex de luxo com características que realçam o contraste entre o poder do tráfico e a realidade da comunidade local.

O imóvel, localizado em uma área onde a precariedade e a violência predominam, surpreendeu as autoridades pela sofisticação: acabamento em mármore, hidromassagem, closet e até uma piscina com cascata.

Outro apartamento de alto padrão também foi encontrado na área, desta vez com dois andares e uma piscina ainda maior. De acordo com engenheiros da prefeitura do Rio, a destruição desses dois imóveis significa um prejuízo de R$ 5 milhões para o tráfico de drogas.

A investigação conduzida pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes revelou que o Comando Vermelho não apenas construiu imóveis de luxo, mas também abriu empreendimentos no Parque União, tudo com o objetivo de lavar o capital obtido com o tráfico de drogas.

Cerca de 300 casas e apartamentos ilegais estão envolvidos no esquema, tornando o condomínio uma verdadeira fortaleza do crime organizado.

No centro desse império ilegal está Jorge Luís Moura Barbosa, conhecido como Alvarenga, apontado como o chefe da comunidade. Com impressionantes 86 anotações criminais e envolvimento em 175 inquéritos policiais, Alvarenga desempenha um papel crucial nas decisões do CV, inclusive na expansão dos territórios dominados pela facção.

Demolição manual

Segundo informações do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), a maioria das construções no condomínio chegam a ter até seis pavimentos, embora 90% delas ainda estejam em fase de alvenaria e desocupadas.

Todos os imóveis foram erguidos sem qualquer autorização da prefeitura, configurando uma ocupação ilegal e perigosa em uma das regiões mais vulneráveis da cidade.

Ao todo, 40 imóveis serão demolidos, todos construídos pela facção criminosa como parte de um esquema de lavagem de dinheiro. Além das demolições, a força-tarefa também cumpriu 23 mandados de intimação contra integrantes do CV.

A complexidade da operação é aumentada pela necessidade de demolições manual, uma vez que as máquinas não conseguem acessar muitas das áreas, exigindo que os agentes utilizem marretas para derrubar os imóveis andar por andar, de cima para baixo.

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