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Correio da droga: PCDF traça rota da erva e do pó delivery no Sudoeste

“Rota” da maconha e do pó se tornou modalidade mais comum para atender à demanda de compradores que moram no Sudoeste e no Cruzeiro

atualizado

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motoboy na rua
1 de 1 motoboy na rua - Foto: Reprodução

Como um serviço expresso de entrega de encomendas, motoboys cortam as ruas do Sudoeste, do Cruzeiro e da Octogonal em alta velocidade, principalmente no horário de almoço. No bagageiro da motocicleta, o pacote segue até o endereço combinado e termina depositado em caixas de correio ou nas mãos dos clientes. No entanto, o sistema bem azeitado alimenta, na verdade, o tráfico de drogas nas regiões.

A “rota” da maconha e do pó se tornou a modalidade mais comum para atender à demanda dos compradores que moram nos prédios do Sudoeste ou em casas do Cruzeiro. A rede formada por entregadores motorizados foi identificada e mapeada por investigadores da Seção de Repressão às Drogas (SRD) da 3ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal, unidade responsável pela área.

A eficiência do serviço fez com que os números registrados pela delegacia relacionados ao tráfico de drogas chegassem — entre janeiro e dezembro deste ano — a 252 ocorrências, total considerado de alta produtividade para uma unidade que cobre regiões administrativas pequenas como as do Sudoeste, do Cruzeiro e da Octogonal.

Veja imagens do tráfico por delivery na região:

Mudança de modelo

No decorrer deste ano, das 252 pessoas autuadas na 3ª DP por envolvimento com entorpecentes, 38 foram presas em flagrante por tráfico. O número está ligado à modalidade delivery, que abocanhou a clientela das localidades pela rapidez, comodidade e discrição.

As transações, feitas na maioria das vezes por meio das mídias sociais e de aplicativos de mensagens, fez crescer o volume de entregas. Policiais da 3ª DP passaram a monitorar e identificar os entregadores para, assim, mapear a rede de tráfico que movimenta as entregas de maconha, cocaína e crack nas três regiões.

O delivery praticamente extinguiu o modelo mais tradicional, em que o usuário vai até o traficante para comprar a droga. No sistema de entrega, o criminoso consegue fazer a transação do entorpecente da própria casa, pela internet, e vai ao encontro do cliente para repassar a substância.

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