Corpo de homem-bomba é liberado e levado para ser cremado
O corpo de Francisco Wanderley Luiz, o homem que se explodiu em frente ao STF, passou por perícia na Polícia Federal e foi liberado nesta 5ª
atualizado
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O corpo de Francisco Wanderley Luiz (foto em destaque), o homem-bomba que se explodiu em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) em 13 de novembro, foi liberado pela Polícia Federal (PF).
O corpo foi levado para o cemitério Jardim Metropolitano, em Valparaíso (GO), no Entorno do Distrito Federal, onde ocorreu uma breve cerimônia. A previsão é de que, após a cremação, as cinzas sejam liberadas para a família dentro de alguns dias.
O homem-bomba morreu por traumatismo cranioencefálico. Segundo o laudo pericial, os exames realizados sustentam que ele, deitado e com a cabeça encostada no chão, teria segurado o artefato explosivo com a mão direita, contra a própria cabeça, em contato com a pele.
A tomografia mostra uma lesão severa no polo encefálico de Francisco, o que confirmou os danos causados pela explosão. Além disso, ele sofreu queimadura na face.
Francisco era natural de Santa Catarina. Ele usava o codinome Tiü França. Nas redes sociais, Francisco escreveu mensagens sugerindo um ataque com bombas contra alvos políticos que ele chama de “comunistas de merda”. O corpo de Francisco ficou completamente desfigurado.
Atentado ao STF
Segundo o apurado, Francisco usou bombas improvisadas, fabricadas com materiais semelhantes aos usados em fogos de artifício, para o ataque à Praça dos Três Poderes.
O objetivo dele, segundo informações preliminares das investigações, era destruir a estátua da Justiça em frente ao STF, invadir o plenário da Corte e assassinar ministros. O alvo principal era Alexandre de Moraes.
Confira imagens do atentado:
A ação criminosa começou no estacionamento próximo ao Anexo 4 da Câmara dos Deputados, onde Francisco explodiu um carro antes de lançar bombas contra o prédio do STF.
O desfecho do atentado aconteceu quando ele deitou a cabeça sobre um dos explosivos que carregava, no chão em frente à entrada principal do prédio da Corte. O artefato detonou e o matou na hora.
Após a explosão, o corpo de Francisco permaneceu no local durante toda a noite, devido à presença de outros explosivos amarrados ao corpo dele.
Policiais identificaram três dispositivos desse tipo no cinto usado pelo homem-bomba e um quarto explosivo, que seria um extintor de incêndio adaptado para detonar e cheio de gasolina.
O item estava a poucos metros do ponto onde Francisco morreu, e o pino detonador do extintor foi achado dentro da mochila dele.
Colaborou Samara Schwingel