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Surto de coqueluche afasta servidores de unidade socioeducativa no DF

Segundo funcionários, alguns dos adolescentes começaram a apresentar sintomas da doença ainda nesta semana

atualizado

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Seksan Mongkhonkhamsao/GettyImages
Fotografia colorida. Homem coloca a mão no rosto mascarado para tossir
1 de 1 Fotografia colorida. Homem coloca a mão no rosto mascarado para tossir - Foto: Seksan Mongkhonkhamsao/GettyImages

Um surto de coqueluche na Unidade de Internação de Adolescentes do Recanto das Emas (Unire) é motivo de preocupação entre servidores e familiares de jovens internados. Segundo funcionários do local, alguns dos adolescentes começaram a apresentar sintomas da doença, o que culminou em uma visita da Vigilância Sanitária à unidade.

Os primeiros relatos surgiram quando adolescentes começaram a exibir sintomas, como tosse intensa e persistente, típicas de coqueluche. A situação foi confirmada por laudos médicos, e a Vigilância Sanitária do Recanto precisou intervir, onde orientou servidores sobre as medidas necessárias para conter o avanço da doença. Durante a inspeção, fotos e documentações foram coletadas para a elaboração de um relatório detalhado, que deverá apontar as falhas e responsabilidades.

No entanto, a situação tomou um rumo ainda mais preocupante. Fontes internas revelaram à coluna que, mesmo após a constatação do surto, alguns adolescentes foram liberados para passar o fim de semana em casa ou participar de atividades externas. Essa decisão tem gerado apreensão sobre a possível disseminação da doença fora da unidade. “Liberaram uns jovens para o fim de semana e trabalho, e agora viram a gravidade da situação”, comentou um servidor que preferiu não se identificar.

A doença, altamente contagiosa, já resultou no afastamento de, pelo menos, uma servidora que apresentou os mesmos sintomas. “A situação está tensa aqui; muita gente está ficando doente, e a direção parece estar tentando abafar o caso”, relatou outro funcionário.

Diante desse cenário, as ações da administração da unidade estão sendo questionadas. A falta de transparência e as tentativas de minimizar o problema levantam dúvidas sobre a segurança dos adolescentes e dos trabalhadores que ainda permanecem no local. “Eles ficam tentando abafar as coisas, mas a realidade é que a situação está fora de controle”, completou a fonte.

A Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus/DF) foi procurada pelo Metrópoles e confirmou, por meio de nota, que o episódio realmente aconteceu, mas segue sob controle.

Veja:

“A Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus/DF) informa que, na última quarta-feira (14/8), dois adolescentes que cumprem medidas socioeducativas na Unidade de Internação de Saídas Sistemáticas (UNISS), localizada no Recanto das Emas, foram diagnosticados com coqueluche. A situação está sob controle desde a confirmação do diagnóstico. Até o momento, não há registro de novos casos.

A equipe de saúde da unidade notificou prontamente a Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, que enviou uma equipe à UNISS. A equipe de saúde da unidade iniciou o tratamento adequado com antibióticos e isolamento dos dois adolescentes, que estão bem e em recuperação. É importante dizer que foram adotadas todas as medidas rigorosas de controle e prevenção. Além disso, foram implementados protocolos de saúde detalhados e feito o monitoramento contínuo dos jovens e da equipe.

A Sejus reitera seu compromisso com a saúde e a segurança de todos os profissionais e adolescentes no Sistema Socioeducativo do DF, garantindo que todas as medidas apropriadas estão sendo tomadas para manter o ambiente seguro e saudável.

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) tem conhecimento do caso de coqueluche na Unidade de Internação de Saídas Sistemáticas (UNISS) do Recanto das Emas e já iniciou todas as medidas atualmente preconizadas para o controle e prevenção da doença, como: realização da quimioprofilaxia em todos os internos, equipes de saúde, agentes e demais trabalhadores da unidade, isolamento dos doentes e/ou casos suspeitos, busca dos familiares e monitoramento”, finalizou.

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