Construção irregular derrubada pela DF Legal tinha até escritura falsa
Foi encontrado até um documento falso em que a Companhia de Desenvolvimento Habitacional (Codhab) “reconhecia” a posse da área pública
atualizado
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A Secretaria DF Legal desarticulou, nessa sexta-feira (17/5), mais uma tentativa de início de parcelamento irregular em uma área estritamente rural do Gama, conhecida como Ponte Alta, nas proximidades da DF-290. Na oportunidade, até um documento falso em que a Companhia de Desenvolvimento Habitacional (Codhab) “reconhecia” a posse da área, que é pública, chegou a ser apresentado.
A operação desconstituiu cercamento da área às margens da VC-379 e uma estrutura com cobertura de telha de amianto que servia como uma espécie de serralheria. Uma grande área já havia sido desmatada.
Esta foi a quarta vez, só nas últimas duas semanas, que a pasta realizou ações na região. Apesar de os grileiros estarem tentando atuar de forma rápida, a DF Legal tem conseguido identificar e realizar operações na região ainda na fase do arruamento.
Veja imagens da construção irregular e do documento falso:
Investigação
O trabalho de investigação da Delegacia de Combate à Ocupação Irregular do Solo e aos Crimes contra a Ordem Urbanística e o Meio Ambiente (Dema/Cepema) tem ajudado a identificar e responsabilizar os criminosos.
Diante dos recorrentes casos de tentativa de parcelamento irregular do solo nessas área que se encontrar fora da Área de Relevante Interesse Específico (Arine), a DF Legal entrará em contato com a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri) e Empresa de Regularização de Terras Rurais (ETR) com o intuito de criar uma força-tarefa que irá inibir novos casos de microparcelamentos.
Documento falso
Essa foi a quinta vez que a DF Legal recebe esse tipo de documento como se fosse da Codhab para tentar dar autenticidade a uma ocupação irregular de área pública. Nas outras oportunidades, esses papeis fraudulentos foram apresentados para tentar justificar ocupações em becos de Ceilândia.
Apesar de tentar ludibriar a fiscalização com o uso de papel timbrado, os grileiros esquecem que o GDF utiliza o Sistema Eletrônico de Informações (SEI) para todos os processos gerados.