Conheça “Cara de Cavalo”, líder do CV preso curtindo praia no RJ
Cara de Cavalo se refugiava na Rocinha, reduto carioca do Comando Vermelho, e comandava com mão de ferro a distribuição de drogas em Goiânia
atualizado
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Conhecido como um dos líderes mais sanguinários da facção criminosa Comando Vermelho (CV), o traficante Douglas Alves Machado (foto em destaque), de apelido “Cara de Cavalo”, costumava executar com requintes de crueldade qualquer um que cruzasse o caminho dele.
A prisão do criminoso, efetuada pela Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH) da Polícia Civil de Goiás (PCGO), ocorreu no último dia 31, quando ele curtia a praia de São Conrado, na Zona Sul do Rio de Janeiro (RJ).
Após a prisão do chefão do CV, a DIH deflagrou nova operação. Dessa vez, para desarticular os negócios de Cara de Cavalo, que operava por meio de uma célula do Comando Vermelho na região Centro-Oeste, mais precisamente na capital goiana e em mais uma série de municípios.
Nessa terça-feira (9/4), 150 policiais desencadearam a operação Sem Refúgio e cumpriram 22 mandados de prisão temporária, bem como 23 de busca e apreensão contra integrantes do CV.
Os facionados estavam envolvidos em homicídios; tráfico de drogas, armas e munições; e com crimes de lavagem de dinheiro. Também houve prisões e buscas nas cidades de Aparecida de Goiânia, Caldas Novas, Anápolis, Goianira, Itaberaí e Itapirapuã, todas em Goiás.
Comando distante
Antes de ser preso, Cara de Cavalo se refugiava na Rocinha, reduto carioca do Comando Vermelho, e comandava com mão de ferro a distribuição de drogas em dezenas de bairros das regiões centrais de Goiânia. Ele costumava mandar matar, sem o menor pudor, qualquer um que atrapalhasse as atividades criminosas.
Após a prisão do líder da facção – que tinha um mandado de prisão definitiva pelos crimes de homicídio qualificado, lesão corporal e uso de documento falso –, os trabalhos da polícia se voltaram à detenção dos associados do criminoso em solo goiano.
A investigação iniciou no segundo semestre de 2023. A polícia calcula que ao menos 10 assassinatos sejam de responsabilidade do grupo, por terem ocorrido na área então dominada por Douglas – e onde crime algum era cometido sem anuência dele.
Os outros 21 presos eram intimamente ligados a Douglas e atuavam na guarda e na disseminação de drogas, armas, munições e veículos usados pela organização, segundo as investigações.