Com demora de atendimento em hospital, mulher chama PM e acaba presa
Caso ocorreu no Hospital Regional de Planaltina. A mulher estava aguardando atendimento para a filha quando se revoltou e chamou a PM
atualizado
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Uma mulher foi presa na porta do Hospital Regional de Planaltina (HRP) após acionar a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) para reclamar da falta de atendimento. O caso ocorreu na última sexta-feira (28/6). De acordo com depoimentos dos envolvidos, a mulher estava esperando a filha ser atendida quando ficou irritada com a demora.
Segundo ela, durante a tarde de sexta, recebeu uma ligação da escola da filha pois a criança estaria com febre e alergia. A mulher disse que buscou a menina e levou para a unidade de saúde.
No hospital, ela afirma que foi informada que os pediatras de plantão só atendiam casos graves, marcados com pulseira vermelha. A criança teria sido marcada com a pulseira amarela. Como não tinha atendimento, a mulher confessou que começou a ameaçar fazer um barraco no hospital. Com a persistência da demora, ela ligou para o 190, pedindo que PMs fossem ao local para que eles “pudessem pedir o atendimento de sua filha”.
Com a chegada dos PMs, as versões começam a divergir. A mulher afirma que não xingou em nenhum momento os policiais e que, assim que eles chegaram informaram que “não poderiam ajudar”. Ela afirma que o PM “disse sorrindo que tinha plano de saúde e não precisava disso”.
O militar ainda teria alertado a mulher que, se ela quebrasse algo no hospital, seria presa. Irritada, ela afirma que confessa que teria dito aos PMs que eles não poderiam prendê-la pois “isso é coisa de gente debochada.”
Segundo a versão da mãe, após dizer isso, ela teria voltado para dentro do hospital, quando foi agarrada pelo braço pelo PM. Ela contou que ele a jogou no chão e disse que ia prendê-la por desacato. Então, ela foi conduzida à delegacia, deixando a filha e o outro filho, um bebê de colo, no hospital, desacompanhados.
Versão dos PMs
Segundo os PMs, quando chegaram ao local, a mulher estava gritando e andando no corredor do hospital. Um dos militares teria dito que ela tem o direito de reclamar, mas não podia danificar qualquer coisa no hospital, pois seria presa.
Neste momento, então, ela teria afirmado que “iria quebrar o hospital para ter atendimento à filha”. Ainda de acordo com o PM, a mulher foi de encontro aos militares e, ao ser informada de que eles não poderiam ajudar pois “é problema do hospital”, ela teria xingado a guarnição de “seus folgados do caralho”.
Depois, ela ainda teria entrado no hospital e chutado a porta, sem danificá-la. Por isso, o policial afirmou que deu voz de prisão a ela.
Questionada, a Secretaria de Saúde do DF apenas informou que a prisão foi realizada pela PMDF. O caso é investigado pela Polícia Civil do DF (PCDF).
A mulher foi ouvida na delegacia e, depois, foi liberada.