Com 4 furtos de motos por dia, PCDF reforça ações para coibir crime na capital
Dado da PCDF aponta que entre janeiro e agosto deste ano, 1.033 motos foram alvo de ladrões, enquanto em todo o ano passado, foram 907 casos
atualizado
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Todos os dias, pelo menos quatro motocicletas são furtadas em algum ponto do Distrito Federal. Levantamento feito pela Divisão de Análise Técnica e Estatística (Date) da Polícia Civil (PCDF) mostram que, entre janeiro e agosto deste ano, 1.033 motos foram alvo de ladrões. Em todo o ano passado, esse número ficou em 907.
Para combater as quadrilhas especializadas, a Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri) intensificou as investigações para desarticular associações criminosas responsáveis por furtar grandes quantidades de motos e enviá-las para outros estados. Com 188 casos, Plano Piloto lidera o ranking de regiões administrativas com maior número de ocorrências. Em seguida, aparece Ceilândia, com 183, e Taguatinga, com 134 registros.
Em julho deste ano, a Corpatri desarticulou uma quadrilha interestadual especializada no furto de motocicletas, que pagava até R$ 600 por veículo. Depois, a organização criminosa revendia as motos a receptadores por valores que giravam entre R$ 3 mil e R$ 7 mil.
Na ocasião, cerca de 200 agentes e delegados cumpriram 22 mandados de prisão preventiva e 32 de busca e apreensão em Ceilândia, Santa Maria, São Sebastião, Riacho Fundo e nas cidades de Luziânia e Águas Lindas – ambas em Goiás, no Entorno do DF, além de estados como Piauí e Bahia.
Veja imagens da operação Cavalo de Aço:
Dois anos de apuração
As investigações da Operação Cavalo de Aço duraram cerca de dois anos e mapearam a ação dos criminosos em vários pontos da capital do país. “É preciso enfatizar que essas ações provocaram uma redução praticamente instantânea na incidência desses crimes. Nos meses de julho e agosto deste ano, por exemplo, registramos uma queda de 40% nos furtos de motos em relação aos meses de maio e junho”, explicou o coordenador da Corpatri, delegado André Leite.
O delegado ressaltou que as investigações conseguiram definir como o bando desarticulado na operação Cavalo de Aço agia e individualizou a participação de cada um dos suspeitos. “Foram dois anos de apuração que demandaram um trabalho intenso. A ação de hoje deverá ser fundamental para ajudar na redução nos números de furtos de motos no DF”, disse.
A PCDF apurou que o grupo movimentou mais de R$ 500 mil em apenas um ano. A corporação também acredita que o desmantelamento do grupo causará redução nos índices de furto de veículos no DF. Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, furto qualificado, adulteração de sinais identificadores, receptação e lavagem de capitais; somadas, as penas podem ultrapassar 20 anos de reclusão.
Veja a evolução de casos de furtos no DF, entre 2021 e 2022: