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Clonagem do WhatsApp causa prejuízo de R$ 32,5 mil a família do DF

A 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte) cumpre oito mandados de busca e apreensão em cidades de Mato Grosso e do interior de SP

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Foto colorida da tela de um celular com o menu de aplicativos aberto - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida da tela de um celular com o menu de aplicativos aberto - Metrópoles - Foto: Reprodução/Pixabay

A 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte) cumpre, na manhã desta terça-feira (5/7), oito mandados de busca e apreensão contra um grupo acusado de fraudes eletrônicas. Os mandados são cumpridos nas cidades de Cuiabá (MT), Araçatuba (SP), Glicério (SP), Birigui (SP) e Coroados (SP). A operação conta com o apoio das Polícias Civis de São Paulo (PCSP) e de Mato Grosso (PCMT).

Segundo informações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), na mesma operação, foram cumpridas três ordens de sequestro de valores em contas bancárias dos responsáveis pelo recebimento do dinheiro desviado.

Diferentemente do esquema padrão de clonagem de WhatsApp, os golpistas demonstraram maior ousadia ao aplicarem o golpe contra uma família do Distrito Federal. Primeiro, fizeram contato com um parente, usando um número de celular com a foto da vítima.

Com o argumento de que aquele seria o novo número, o criminoso solicitou a um dos familiares que o inserisse nos grupos de pessoas mais próximas. Depois, ao se infiltrar no WhatsApp, coletou informações para dar credibilidade na história e passou a solicitar empréstimos em mensagens privadas.

Inicialmente, solicitou um Pix de R$ 20 mil à irmã da vítima. Depois, abordou a mãe e pediu mais R$ 2.580. Por fim, mandou mensagem ao pai, pedindo outros R$ 10 mil.

Com essa estratégia, o criminoso conseguiu três transferências via Pix, totalizando um desvio de R$ 32, 5 mil da mesma família. Quando a verdadeira vítima percebeu que alguém se passava por ele, já era tarde. Os valores já haviam sido transferidos.

Buscando dificultar que o crime fosse descoberto, o grupo agia em diferentes cidades e estados. Contudo, a investigação comprovou que as mensagens se originaram da casa de um dos investigados, em Cuiabá. As contas usadas para receber os depósitos eram de pessoas do interior de São Paulo.

A investigação também chegou aos beneficiários finais dos valores desviados. Após serem recebidos em contas de laranjas, o dinheiro era imediatamente enviado para os chefes do esquema.

Todos os identificados acabaram indiciados por associação criminosa, fraude eletrônica e lavagem de dinheiro, com penas que podem ultrapassar 20 anos de reclusão.

Novas tecnologias

De acordo com o delegado da 9ª DP, Erick Sallum, a investigação dimensiona a atual realidade das fraudes eletrônicas e a dificuldade nessas investigações, pois os criminosos moram em outras unidades da Federação, demandando profunda atividade de inteligência e cooperação entre as Polícias Civis.

“É importante notar que aplicativos de chat e de transferência bancária são ferramentas novas. Veja que o WhatsApp foi lançado em 2009, e o Pix, em 2020. Sendo assim, as atuais vítimas desses golpes viveram a maior parte de suas vidas numa época em que não existiam essas tecnologias. Nessa lógica, as pessoas precisam ter calma quando receberem solicitações de dinheiro. Façam da maneira antiga, converse pessoalmente, ligue e escute a voz do solicitante, verifique antes de fazer transferências. Não se deixe conduzir pela pressa do criminoso”, orienta o titular da 9ªDP.

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