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Cientista do tráfico é preso por cultivar “cogumelos mágicos” no Lago Norte. Vídeo

O suspeito havia criado um site na internet e uma cadeia de produção de cogumelos alucinógenos e derivados, transformando-os em capsulas

atualizado

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Drogas apreendidas
1 de 1 Drogas apreendidas - Foto: Reprodução

Um traficante formado em neurociência na Austrália e que fez metade do curso de medicina na Argentina foi preso pela Coordenação de Repressão às Drogas (Cord), da Polícia Civil do Distrito Federal, nesta quarta-feira (26/4). O suspeito havia criado um site na internet e uma cadeia de produção de cogumelos alucinógenos e derivados, transformando-os em cápsulas, extratos, culturas e também os vendendo in natura. 

O traficante organizou uma estrutura on-line para a venda em larga escala dos produtos, instalando um website e páginas no Instagram. Nesse formato de divulgação, transmitia a falsa ideia de que os produtos que disponibilizava poderiam curar inúmeras doenças, inclusive prescrevendo a quantidade dos produtos de difusão ilícita fornecidos, com a utilização de uma “calculadora mágica” que indicava a dosagem a ser utilizada por cada indivíduo.

O local da produção indoor, um apartamento de alto padrão localizado nas proximidades de um grande shopping localizado no Lago Norte, contava com um laboratório, estufa e rotina de envase e distribuição, possuindo equipamentos e produtos que levavam perigo de um acidente de grandes proporções.

Veja vídeo sobre o site dos “cogumelos mágicos”:

 

Entre os cogumelos fornecidos e produzidos pelo investigado, estão aqueles que possuem o alcaloide psilocibina, substância altamente viciante e que causa graves danos à saúde física e mental, fornecidos de forma “in natura”, processados, envazados em compridos e em tintura ( a ser utilizado como “florais”).

O investigado distribuía as drogas para diversos estados brasileiros e também para clientes no exterior. Sendo que chama atenção a forma de exposição das drogas no website, e mesmo no Instagram, trazendo um grau de perigo agravado para a saúde pública, pois vende também desinformação.

O profissionalismo com que expunha as drogas de difusão ilícita podia levar pessoas desavisadas ao consumo, por acreditarem em uma base científica e legal no comércio do produto, o que não há.

O investigado coloca a venda os produtos como se fossem fruto dessas pesquisas científicas, confundindo e difundindo notícias falsas (“fake News”). Utilizando-se de falsos argumentos, supostamente científicos, para desenvolver o mercado ilícito ao qual se dedicava.

Foram apreendidas milhares de capsulas e litros de produtos ilícitos, extratos vegetais e vários quilos dos cogumelos in natura.

Para processar o entorpecente apreendido, o traficante fazia utilização de modernos maquinários próprios da indústria farmacêutica.

O traficante foi indiciado nos crimes de tráfico de drogas,  vender e expor à venda substância e coisas nocivas à saúde, exercício ilegal da medicina, curandeirismo e incitação ao crime, os quais têm, em conjunto, previsão de pena máxima de 33 (trinta e oito) anos de reclusão.

Por fim, o traficante preso nesta data cursou neurociência na Austrália e cursou por 4 anos o curso de medicina na Argentina.

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