Chacina: PCDF apreende adolescente que viu vítima ser esquartejada
O menor já havia sido conduzido à delegacia na terça-feira (24/1), mas acabou liberado por não ter mandado de apreensão contra ele
atualizado
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Um adolescente de 17 anos foi apreendido pela Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA I) na manhã deste sábado (28/1). O rapaz é suspeito de envolvimento na chacina que resultou na morte de 10 pessoas da mesma família. O menor já havia sido conduzido à delegacia na terça-feira (24/1), mas foi liberado por não ter mandado de apreensão contra ele.
Posteriormente, após análise do depoimento prestado pelo suspeito, a Polícia Civil identificou que ele teve participação na barbárie. Conforme a coluna Na Mira noticiou, o jovem disse ter visto quando dois dos executores abriram uma cova na casa que serviu de cativeiro para as vítimas.
Durante coletiva de imprensa realizada nessa sexta-feira (27/1), os investigadores acrescentaram que o adolescente pulou o muro do cativeiro, no Vale do Sol, em Planaltina, quando viu Marcos Antônio Lopes de Oliveira, 54, ser esquartejado. Marcos foi a primeira vítima.
O relato ao qual o jovem se refere é do dia 28 de dezembro. Na data, o plano dos criminosos começou a ser executado na chácara do Itapoã onde parte da família morava. Naquela data, Marcos, a esposa, Renata Juliene Belchior, 52, e a filha deles, Gabriela Belchior de Oliveira, 25, foram rendidos.
A ideia dos criminosos – Gideon Batista de Menezes, Fabrício Silva Canhedo, Carloman dos Santos Nogueira – era render o trio na chácara. A ação contou com a ajuda do adolescente. Gideon deu acesso a Carloman e ao menor no intuito de simular um roubo. Horácio estava no local e se fingiu de vítima. No entanto, Marcos reagiu ao suposto assalto e foi atingido por Carloman com um tiro na nuca.
Depois disso, o grupo levou Renata, Gabriela e Marcos para a casa usada como cativeiro. Na mesma noite, o homem foi esquartejado na cozinha daquela residência por Gideon e Horácio Barbosa, 49, outro suspeito do crime que está preso. Lá, os criminosos enterraram a vítima no local.
O rapaz de 17 anos entrou em pânico, pulou o muro da casa e fugiu. “O adolescente infrator se desesperou com a cena, apesar de ser um velho conhecido nosso, se desesperou com a crueldade, pulou o muro do cativeiro e saiu correndo. Ele aparece apenas nesse capítulo”, pontua o delegado Ricardo Viana, chefe da 6ª DP (Paranoá), sobre o envolvimento do jovem.
Até o momento, a PCDF prendeu cinco pessoas por envolvimento direto no assassinato de 10 pessoas da mesma família – três das quais eram crianças.