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Chacina no DF: mãe de vítima escapou do crime porque tinha viajado

Criminosos chegaram a ligar para a mãe de Marcos Antônio Lopes, na tentativa de atraí-la para o cativeiro. No entanto, ela estava em viagem

atualizado

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Carlos Henrique, conhecido por Galego, suspeito de participar da chacina de 10 pessoas da mesma família, é encaminhado para o IML, no DPE
1 de 1 Carlos Henrique, conhecido por Galego, suspeito de participar da chacina de 10 pessoas da mesma família, é encaminhado para o IML, no DPE - Foto: Breno Esaki/Especial Metrópoles

Os autores da maior chacina registrada no Distrito Federal planejaram matar uma 11ª vítima: a mãe de Marcos Antônio Lopes de Oliveira, 54. A coluna Na Mira apurou que os criminosos chegaram a ligar para ela, na tentativa de atraí-la ao cativeiro. No entanto, o alvo escapou, porque, segundo uma testemunha-chave, estava em viagem.

Até o momento, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu cinco pessoas por envolvimento direto no assassinato de 10 pessoas da mesma família – três das quais eram crianças.

Em coletiva na manhã desta sexta-feira (27/1), a PCDF informou que a motivação do crime brutal seria uma chácara em que parte das vítimas da chacina morava, no Itapoã. O imóvel é avaliado em R$ 2 milhões.

No terreno também moravam Gideon Batista de Menezes, 55, e Horácio Carlos, 49, presos por participação na barbárie. Os dois eram funcionários de Marcos Antônio Lopes de Oliveira e queriam a chácara.

O plano era assassinar toda a família para tomar posse do imóvel. Os criminosos arquitetaram a chacina há cerca de três meses. Em 23 de outubro, alugaram o cativeiro onde manteriam as vítimas reféns.

Em dezembro, a ex-esposa de Marcos Antônio, Cláudia Regina Marques de Oliveira, vendeu uma casa por R$ 200 mil. Assim, o plano dos criminosos passou a envolver, também, o restante da família dele.

Assassinatos

O plano começou na chácara, quando Marcos Antônio, a esposa dele, Renata Juliene Belchior, 52, e a filha do casal, Gabriela Belchior de Oliveira, 25, foram rendidos.

O primeiro assassinado foi Marcos Antônio, em 28 de dezembro, ainda na chácara. Depois, as duas outras vítimas foram levadas para o cativeiro.

Em 4 de janeiro, os criminosos levaram Cláudia Regina e a filha dela com Marcos Antônio, Ana Beatriz Marques de Oliveira, 19, para o local do cárcere.

Dez dias depois, na madrugada de 14 de janeiro, Renata Juliene e Gabriela foram assassinadas em Unaí (MG). No dia seguinte, as vítimas foram Thiago Gabriel, Cláudia Regina e Ana Beatriz. A execução do plano durou 18 dias.

Para a PCDF, os responsáveis pela chacina fazem parte uma associação criminosa armada.

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