Cavalo empinou, derrubou dentista e caiu sobre ela em haras no DF
Dentista teria feito movimento brusco com a rédea do cavalo, que se assustou e empinou. Eles estavam uma descida e ela caiu em seguida
atualizado
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Um movimento brusco, com a rédea de equitação, teria ocasionado a queda da dentista que morreu esmagada por um cavalo, nesse domingo (1º/10), no Lago Oeste. O Metrópoles apurou detalhes do acidente, que acabou no óbito de Lídia Pires Ferreira, 32 anos. A tragédia ocorreu no Haras Rancho 735 Estrela do Dia.
Lídia foi ao local com uma amiga, na intenção de fazer um passeio, na trilha do cafezal. Quando chegou ao haras, informou que tinha experiência em equitação. Apesar disso, o cavalo designado para a montaria da dentista era considerado manso, com rédea e destinado a pessoas que estão aprendendo a conduzir o animal.
Ela montava cavalos havia aproximadamente um ano. Casada com um policial militar do DF, Lídia praticava equitação na corporação.
Queda de cavalo
De acordo com o depoimento do instrutor que acompanhava a dentista na manhã desse domingo, eles estavam em uma descida quando, Lídia teria puxado a rédea de forma brusca. Segundo o relato, o solavanco fez o animal empinar e derrubar a dentista. Após a queda dela, o equino também foi ao chão, esmagando a mulher.
O cavalo rolou e se levantou. Lídia, porém, teria ficado imóvel ao chão. “Ela puxava muito a rédea do animal e foi orientada a soltar mais”, teria dito o instrutor. “O acidente foi em decorrência do movimento brusco, o ‘puxão’ que Lídia deu na rédea, fazendo com que o animal empinasse”, reforçou o profissional, que trabalha no haras há 13 anos.
Após o acidente, o instrutor mandou mensagem para o proprietário do Rancho 735, informando do ocorrido, e disse que já havia acionado o socorro dos bombeiros. Em seguida, o homem correu em uma propriedade vizinha e pediu ajuda de outro fazendeiro, que, com o carro, prestou os primeiros socorros a Lídia. Eles seguiam para o hospital quando cruzaram com a viatura do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF), que assumiu a ocorrência.
De acordo com o CBMDF, Lídia teve parada cardiorrespiratória e morreu no local. Para fazer o socorro, ainda foi acionado o resgate aéreo, mas não deu tempo de reverter o quadro.
O Metrópoles entrou em contato com representantes do Haras Rancho 735 Estrela do Dia, que confirmaram o acidente. No entanto, para “não explorar a morte da moça”, preferiram não conceder entrevista.
Torneio de hipismo
Nascida em Anápolis, Lídia morava em Brasília desde 2020. Ela treinava para um torneio de hipismo. Nas redes sociais, o irmão lamentou a partida precoce da dentista. “Como você pode ir embora, minha maninha, que amo demais”, escreveu David Pires.
De acordo com o irmão, o marido de Lídia precisou ser internado após passar mal após saber da tragédia. A morte da dentista ocorreu cinco meses após a da mãe dela.
O velório de Lídia aconteceu nesta segunda-feira, no Templo da Capelania Evangélica da Polícia Militar do DF, no Setor Policial Sul. O sepultamento da jovem ocorreu às 17h no cemitério Campo da Esperança na Asa Sul.