metropoles.com

Caso Robson Cândido: MP intima atual delegado-geral da PCDF a depor

Além do delegado-geral José Werick de Carvalho, Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) vai ouvir delegado Victor Dan

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
PCDF - Metrópoles
1 de 1 PCDF - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O delegado-geral da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), José Werick de Carvalho, foi intimado a prestar informações, nesta quinta-feira (9/11), no Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (NCap) do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT). O depoimento faz parte das apurações relacionadas à conduta dos delegados Robson Cândido e Thiago Peralva, suspeitos de usar o sistema da corporação para monitorar uma mulher.

Victor Dan, chefe do Departamento de Polícia Especializada (DPE), também será ouvido. O  atual delegado-geral e o chefe do setor, entretanto, não figuram como investigados na ação. Por meio de nota, a corporação informou que “a atual gestão da PCDF está à disposição para [prestar] esclarecimentos do fato apurado”.

Como divulgado pela coluna Na Mira nessa segunda-feira (6/11), a juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais (VEP), decidiu manter Robson Cândido, ex-diretor-geral da PCDF, preso em uma cela individual na carceragem do DPE, isolado de outros detidos.

Até então, existia a possibilidade de Robson Cândido ir em um “bonde” para a Papuda, na terça-feira (7/11). Porém, se isso tivesse ocorrido, ele ficaria em uma ala especial, separado dos demais presos.

No sábado (4/11), o ex-diretor da PCDF teve a prisão preventiva mantida pela Justiça, após passar por audiência de custódia.

Para manter a prisão do delegado, o juiz que analisou o processo, Frederico Ernesto Cardoso Maciel, ressaltou que Robson Cândido manteve o monitoramento da ex-amante mesmo após deixar a direção da corporação, em outubro último.

“Há grave risco à integridade da vítima, o que justifica a decretação da prisão preventiva”, afirmou o magistrado na sentença.

Prisão

Robson Cândido foi preso preventivamente no sábado (4/11), em casa, no Park Way. A coluna Na Mira teve acesso à decisão que aceitou o pedido feito pelo MPDFT.

“A vítima narrou que Robson a persegue, surpreendendo-a diversas vezes na rua e em locais por ela frequentados, o que fortalece os indícios da utilização indevida da medida de monitoramento para a prática do delito de stalking. Ademais, mesmo após ter sido intimado das medidas protetivas deferidas em favor da vítima, não foram tomadas medidas para encerrar o monitoramento eletrônico sobre ela”, destacou o documento que pediu a prisão do delegado.

Apuração do MPDFT

Além de Robson Cândido, a apuração do MPDFT teve como alvo o então delegado-chefe da 19ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Norte), Thiago Peralva. Para os promotores, os dois efetuaram manobras nos autos de um processo criminal para inserir o telefone da vítima, que alega ser ex-amante do ex-diretor-geral da PCDF, em uma atividade ilegal de monitoramento.

“[Os dois] também utilizaram-se de bens pertencentes à Polícia Civil, como viaturas descaracterizadas, celulares corporativos, carros oficiais e celulares de outros delegados da Direção-Geral da PCDF, para a prática de delitos contra mulher em situação de violência doméstica”, enfatizou a decisão que levou à prisão preventiva de Robson Cândido.

Por meio do NCap e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o MPDFT requereu a prisão preventiva do delegado Thiago Peralva, mas o pedido foi negado pelo juiz, que optou por impor o uso de tornozeleira eletrônica e o afastamento dele das funções.

Entenda o caso

Robson Cândido deixou o cargo de diretor-geral da PCDF em 2 de outubro, após ser denunciado pela esposa e por uma mulher que alegou ser ex-amante dele. Em seguida, ele se aposentou da corporação — o ato consta na edição de 17 de outubro do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF).

A esposa e a suposta ex-amante procuraram a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) 1, na Asa Sul, e acusaram o delegado pelos crimes de perseguição e ameaça.

Uma das vítimas alegou que Robson não teria aceitado o término do suposto relacionamento e passou a persegui-la em diversos locais. Ainda de acordo com o relato, o ex-delegado-geral “sempre demonstrava saber onde ela estava e o que fazia”.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?