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Caso João Miguel: mãe do menino morto no DF era “sintonia” do PCC

Daniela Soares foi presa no dia em que o corpo de João Miguel foi encontrado. Ela fazia comunicação entre membros do PCC presos e livres

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VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES
Daniela Souza Soares, 31, mãe de João Miguel
1 de 1 Daniela Souza Soares, 31, mãe de João Miguel - Foto: VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES

Daniela Soares (foto em destaque), mãe de João Miguel Silva, era considerada “sintonia” do Primeiro Comando da Capital (PCC). Ela foi presa na sexta-feira (13/9), dia em que o corpo do menino de 10 anos foi encontrado dentro de uma fossa. A suspeita é de que Daniela fazia a comunicação entre os faccionados do PCC presos e os que estavam em liberdade.

Essa relação da mulher com a facção, até o momento, não teria ligação com a morte do menino. O caso de João Miguel é investigado pela 8ª Delegacia de Polícia (SIA).

Daniela foi presa por haver um mandado de prisão em aberto em nome dela da Justiça do Amazonas. O documento é de abril deste ano e foi emitido pela 1ªVara de Delitos de Tráfico de Drogas.

Ela foi presa no DF e levada para a Penitenciária Feminina do Distrito Federal, também conhecida como Colmeia. A coluna apurou que ela terá um tratamento diferenciado no presídio, devido à forte ligação com o PCC. A mulher deve ficar isolada em um cela individual e terá a segurança reforçada durante as saídas internas.

Caso João Miguel

corpo de João Miguel, 10 anos, foi encontrado dentro de uma fossa em área de mata. Ele estava com as mãos amarradas, um tecido preso ao pescoço e envolto em um pedaço de pano similar a um lençol. O menino estava desaparecido desde 30 de agosto, mas foi assassinado após mais de dez dias após o sumiço.

Segundo a Polícia Civil (PCDF), há indícios de que a criança teria sido morta entre a última terça e essa sexta-feira.

João Miguel será enterrado na segunda-feira (16/9) às 14h, no cemitério Campo da Esperança da Asa Sul.

Hipóteses para a morte de João Miguel

Com a localização do corpo de João Miguel, investigadores, agora, trabalham na tentativa de elucidar o crime. De acordo com a delegada-chefe da 8ª DP, Bruna Eiras, que investiga o caso, não é possível cravar as circunstâncias da morte do garoto, mas os elementos colhidos na cena do crime indicam que a vítima pode ter sido asfixiada.

“O corpo está em avançado estado de decomposição, há aproximadamente 72 horas do óbito. Então, a gente não consegue um exame preliminar para determinar a causa da morte com precisão. A gente vai precisar de exames laboratoriais para poder ser mais determinante”, destacou a delegada.

Falta, ainda, a polícia descobrir o local em que o menino pode ter sido mantido em cárcere nesse tempo, até o dia da morte. Eiras pede para quem tiver informações de um suposto cativeiro denuncie à PCDF pelo 197.

A delegada ressalta que o corpo foi encontrado após uma denúncia anônima, informando que havia algo suspeito na área de mata no setor Lúcio Costa, em frente ao viaduto que dá acesso ao Guará I. Após buscas, localizaram o cadáver do menino.

Linhas de investigação

A polícia não descarta nenhuma linha de investigação para apurar as causas da morte de João Miguel. “Precisamos entender quem de fato teria um motivo para matar o menor de idade, se pode ser uma retaliação querendo atingir os familiares ou se foi algo feito diretamente contra o próprio menor”, explica.

A polícia suspeita que pode ter mais de uma pessoa envolvida no crime. “Não dá para saber se foi premeditado ou se aconteceu no momento e acabou no desespero, matando e depois levando para lá”, aponta também.

As investigações vão solicitar depoimentos de todas as pessoas do convívio do menino: amigos, família e vizinhos. O pai de João Miguel está preso e também deve ser ouvido dentro da cadeia, conforme informou Bruna.

“Não sei afirmar o prazo e a linha das próximas investigações. Agora é ouvir as pessoas que a gente está trazendo para a delegacia e ver o que a gente tem aqui”. Os laudos periciais geralmente levam 30 dias para ficarem prontos, mas a delegada diz que o caso terá celeridade devido à gravidade do caso, com uma criança assassinada.

Ida ao mercado

No último momento em que foi visto pela família, João estava brincando, por volta das 18h. Relatos de vizinhos também indicam que ele foi ao mercado, por volta das 21h.

“No dia a dia, ele ficava brincando na frente de casa. Ele não era menino de sair com estranhos. Era acostumado a ir ao mercado porque é perto de casa, não é tão longe. Esse era o único percurso que ele tinha para fazer, não pode ter ido a outro lugar”, completa a tia.

Apesar de ter sido encontrado em uma fossa com água, o menino não tinha água nos pulmões, o que descarta a possibilidade de afogamento. Segundo a delegada, também não há indícios de crimes sexuais no garoto.

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