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“Casal do swing” dopa e estupra jovem de 20 anos após bebedeira em bar

“Quando acordei, estava sem a parte de baixo da roupa, e aquele homem estava nu. Percebi respingos de sangue sobre o lençol”, disse a vítima

atualizado

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Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Foto colorida de criança
1 de 1 Foto colorida de criança - Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) abriu investigação para apurar o estupro cometido por um casal contra uma jovem de 20 anos. O crime ocorreu em uma casa, em Taguatinga, onde um farmacêutico vive com a namorada. A vítima bebia com os autores em um bar; em determinado momento, quando estava sob o efeito de álcool, ela foi levada para a residência e abusada enquanto estava inconsciente.

A jovem procurou a polícia em 11 de agosto e passou por exames no Instituto Médico-Legal (IML). De acordo com a mulher, ela trabalhava como operadora de caixa em uma farmácia, no Guará I, onde conheceu o agressor. “Eu trabalhava nesse estabelecimento havia um mês e fui convidada por esse homem duas vezes para sair e beber em um bar, sempre na companhia da namorada dele”, contou.

Segundo a denunciante, as conversas com o homem eram sempre muito agradáveis, e nunca teria sido mencionado qualquer assunto relacionado a sexo a três ou swing. Ela chegou a convidar um amigo para ir ao bar junto com eles, mas o rapaz desistiu de última hora. “Não vi problema, e fomos de carro do Guará para Taguatinga. Ao longo de todo o trajeto, a conversa foi normal e despretensiosa”, disse.

Tequila

No bar, os três tomaram cerveja e duas doses de tequila. A mulher contou ter ficado grogue, sonolenta e com a fala desconexa. “Quando me senti estranha, pedi para eles me levarem embora, mas esse homem disse que passaria em casa primeiro e depois me deixaria”, relatou.

No entanto, quando chegou à casa do agressor, a mulher lembra ter tido dificuldades para andar. Ela conta que precisou se escorar nas paredes de um corredor até entrar em um dos três quartos. No local, ela apagou.

“Quando acordei, estava sem a parte de baixo da minha roupa, e aquele homem estava nu. Ainda percebi respingos de sangue sobre o lençol… Fiquei com tanto medo que segurei as lágrimas e fingi que tudo estava bem. Minha vontade era apenas sair de lá o mais rápido possível”, desabafou.

A jovem contou que o farmacêutico começou a beijar a namorada, que retribuiu com carícias. “Ele ainda tentou passar a mão nas minhas costas, mas me esquivei. A namorada dele percebeu e sugeriu que ele me deixasse em casa. Foi um desespero, pois queria chorar e tinha medo de ser novamente violentada”, lembrou.

Demissão

Assustada, a jovem contou sobre o estupro para a família e foi aconselhada a relatar aos chefes que o farmacêutico havia abusado sexualmente dela. “Fui demitida do meu emprego por, supostamente, ‘ter mantido relações sexuais’ com um colega de trabalho. Eu fui estuprada. Sofri violência e estou sofrendo todas as consequências físicas e psicológicas decorrentes dessa violência”, disse.

O caso foi registrado na 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte), que investiga o caso.

* Os nomes dos envolvidos foram preservados para assegurar a integridade da vítima.

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