Cardápio do sexo: prostituta que bateu em porteiro cobra até US$ 5 mil por noite
A única moeda aceita pela garota de programa é o dólar. Para apenas uma hora de sexo, o interessado deve desembolsar a bagatela de US$ 1 mil
atualizado
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Estados Unidos, Europa e alguns países asiáticos costumavam ser o destino da prostituta de luxo Carolina Vieira Lemos Ferreira, 25 anos, investigada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por crimes de ameaça, extorsão, dano e stalking cometidos contra um empresário do Distrito Federal. A profissional do sexo fatura alto fazendo programas internacionais, chegando a receber até US$ 5 mil por noite.
A mulher mantém perfis em sites internacionais especializados em oferecer serviços sexuais. Uma das páginas, hospedadas em um site com domínio em Singapura, expõe uma espécie de “cardápio do sexo”, com cachês salgados que podem ser bancados apenas por clientes abastados.
A única moeda aceita pela garota de programa é o dólar. Para apenas uma hora de sexo, o interessado deve desembolsar US$ 1 mil. Caso o programa se estenda um pouco, é preciso arcar com mais US$ 800. Se o desejo do homem for jantar com Carolina, o valor salta para US$ 2,5 mil. Já quem quiser passar uma noite inteira com a jovem, precisa ter bala na agulha e arcar com a bagatela de US$ 5 mil, cerca de R$ 25 mil na conversão para o real.
Veja fotos da prostituta investigada por stalking:
O caso
A PCDF investiga uma série de crimes praticados pela garota de programa contra um empresário que passou três anos sendo chantageado e extorquido. Nove ocorrências registradas relatam casos de ameaça, extorsão, dano e stalking. A jovem chegou a ser presa por perseguir e ameaçar a família da vítima.
Descontrolada, a profissional do sexo destruiu a portaria do prédio e agrediu um porteiro na tentativa de invadir o apartamento do empresário. Na confusão, veículos de outros moradores também foram danificados.
As chantagens começaram após o empresário se encontrar com a prostituta três vezes. A acompanhante fez fotos e vídeos dos programas com a vítima e passou a exigir grandes quantias em dinheiro para que o material não fosse divulgado nas redes sociais. Sem saída, o homem fez uma série pagamentos cedendo aos achaques da prostituta. Carolina chegou a aparecer no escritório do empresário, na tentativa de intimidá-lo.
Veja momento em que garota de programa quebra portaria de prédio:
Gravidez falsa
A coluna apurou que a garota de programa chegou a simular uma gravidez, forjando documentos emitidos por laboratórios. O objetivo era deixar o empresário ainda mais acuado, sendo obrigado a fazer mais pagamentos. A reportagem também identificou que a prostituta mora em uma das regiões mais nobres do DF e desembolsa uma fortuna pelo aluguel de um luxuoso apartamento no Noroeste.
Camaleônica, a acompanhante de luxo figura em dezenas de sites especializados em hospedar perfis de homens e mulheres que oferecem programas sexuais. Carolina aparece em fotos loira, morena e ruiva. Em determinadas enquadramentos, é possível ver algumas tatuagens. Já em outras fotos, os desenhos na pele mudam de formato e tamanho.
Barraco na DP
Quando a perseguição aumentou, a mulher acabou sendo presa devido às ameaças que vinha fazendo. A garota de programa foi levada para a delegacia e, descontrolada, precisou ser algemada em um dos bancos da unidade policial enquanto o flagrante era lavrado pelos agentes que estavam de plantão.
Em determinado momento, o policial pede que a mulher se sente no banco para não se machucar. Em resposta, a presa diz que havia sido agredida, mas não afirmou quem seria o autor da suposta agressão.
Veja imagens da confusão na delegacia:
Aos prantos, a garota de programa afirma que chutou um policial sem querer, pensando que estava atingindo um agressor. Logo depois, o policial explica que ela estava sendo autuada e teria de cumprir medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica.
O que diz Carolina
Após a reportagem publicada, Carolina procurou o Metrópoles e deu sua versão. Ela negou ser garota de programa e afirma ter conhecido o empresário por meio de amigos em comum. A jovem disse ser bacharel em direito e atuar como modelo e influenciadora digital. Ela acusou o empresário de tê-la forçado a abortar um bebê fruto de sua relação com ele. Carolina ainda defende que mantinha uma relação amorosa com o homem há três anos e diz que os dois tinham combinado de se casar.
Sobre o episódio em que ela foi gravada quebrando a guarita de um prédio e correndo atrás do porteiro, ela justificou que estava sob efeito de remédios e bebida alcoólica e diz só ter tomado tal atitude pela sensação de “estar sendo traída”.
“Ele [empresário] tinha terminado com a esposa há 1 ano enquanto eu passava um tempo nos Estados Unidos. Quando voltei ao Brasil, desconfiei que ele tinha voltado para a ex. Nesse dia, eu estava tomando medicamento por recomendação da psiquiatra e ela não me disse que eu não deveria misturar com álcool. O porteiro começou a revelar os fatos, de que ele realmente estava com a esposa. Eu já estava bêbada e me veio uma sensação de angústia muito grande até começar a quebrar as coisas, mas não porque sou desequilibrada, mas foi uma forma de me sentir melhor por tudo o que ele tinha feito comigo. O porteiro disse que ia ligar para polícia e eu corri atrás dele para que não chamasse. Por isso, peço desculpas”, detalhou.