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Cantor gospel que deu calote em lojas de luxo atuava na máfia dos concursos

André Luís dos Santos Pereira chegou a comprar uma vaga, mas depois passou a integrar a organização criminosa no papel de aliciador

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1 de 1 cantor - Foto: Reprodução

Suspeito de dar golpe de R$ 300 mil em lojas de luxo como Prada, Gucci e Burberry, o cantor e blogueiro gospel André Luís dos Santos Pereira (foto em destaque), 35 anos, também tem envolvimento com a máfia dos concursos, quadrilha que cometia fraudes em certames públicos e alvo da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

A coluna apurou que André Luís chegou a comprar uma vaga em um concurso público, mas, depois, passou a integrar a organização criminosa no papel de aliciador. Ele selecionava concurseiros dispostos a pagar pela aprovação ilegal.

Em 2019, o cantor foi condenado a 3 anos, 5 meses e 3 dias de reclusão, em regime inicial semi-aberto, além de 20 dias-multa. O processo trata da venda de vagas no certame do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. Além da pena, a Justiça determinou o pagamento de R$ 1 milhão por danos morais coletivos.

O blogueiro também foi flagrado na Operação Patrik, da PCDF. Os criminosos lucraram milhões de reais com a venda da moeda virtual falsa batizada de Kriptacoin. A suspeita é de que o dinheiro ganho com a fraude nos concursos foi investido na criptomoeda.

Ostentação

Conforme a coluna revelou nesta quarta-feira (20/10), o cantor gospel foi indiciado por associação criminosa e estelionato após dar calote em lojas de luxo. Outros dois comparsas também acabaram indiciados. De acordo com as investigações conduzidas pela 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), ele deixou um rastro de prejuízo que se aproxima de R$ 300 mil.

O valor se refere a peças de roupas de alto padrão, como ternos, camisas sociais, sapatos, cintos e calças. O cantor, que costuma fazer apresentações em lives, igrejas evangélicas e programas de tevê, contava com a ajuda de dois comparsas.

Falso escritório

Para aplicar os golpes e passar credibilidade, o cantor utilizava uma sala comercial em um prédio corporativo na área central da capital da República. Representantes das grifes recebiam ligações feitas pelos outros indiciados: Carlos Roberto Saraiva Júnior, mais conhecido como Pastor Juninho, ou Tiago Barbosa de Miranda. O trio sempre solicitava atendimento personalizado no suposto escritório do cantor.

Veja imagens do cantor  gospel
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Artista deu golpe em lojas de luxo
Investigação foi conduzida pela 5ª DP
Prejuízo se aproxima de R$ 300 mil
Investigado montou escritório falso
Grupo fazia falso depósito
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Cantor foi indiciado pela PCDF

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Artista deu golpe em lojas de luxo

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Investigação foi conduzida pela 5ª DP

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Prejuízo se aproxima de R$ 300 mil

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Investigado montou escritório falso

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Grupo fazia falso depósito

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Golpe foi cometido em Brasília

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Cantor dizia fazer obras sociais

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Comparsas já responderam por homicídio

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Cantor gospel

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Acusado ostentava em redes sociais

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Cantor foi indiciado

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Cantor gospel é indiciado pela PCDF por aplicar golpes em lojas de grife

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Transferência falsa

Em 6 de setembro deste ano, o trio entrou em contato com um vendedor da Prada e comprou R$ 151.373,11 em várias peças de roupa. Dois dias depois, os golpistas fecharam negócio com um vendedor da Gucci em R$ 124,3 mil referentes a calças, camisas e outros acessórios. Em ambos os casos, o cantor gospel simulava telefonar para um suposto assessor pedindo que uma transferência bancária fosse feita para a conta da loja. Segundos depois, um dos comparsas mostrava ao representante da loja um suposto comprovante de pagamento, que, na verdade, nunca havia sido feito.

Diz fazer obras de caridade…

A terceira loja, da marca inglesa Burberry amargou R$ 72 mil de prejuízo no mesmo esquema. Representantes das lojas entraram em contato com os golpistas, que sempre apresentavam várias desculpas para justificar a inadimplência. Nas redes sociais, o cantor gospel reforça uma imagem religiosa envolvida com obras de caridade.

Amigo de homicidas

A coluna apurou que o cantor gospel tem uma série de passagens criminais por uso de documento falso, estelionato e fraude. Os outros dois comparsas do artista também respondem por crimes graves, como homicídio qualificado e culposo.

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