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Cantor gospel bombou no Instagram comprando seguidores na internet

Mais da metade dos perfis que seguem o cantor mantêm o mesmo padrão: sete ou oito publicações com fotos genéricas de paisagens

atualizado

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homem de terno
1 de 1 homem de terno - Foto: Reprodução

Desde o calote de R$ 300 mil aplicado em três lojas de algumas das maiores e mais caras grifes do mundo – entre elas, as italianas Prada e Gucci, além da inglesa Burberry, o cantor gospel André Luís dos Santos Pereira (foto em destaque), 35 anos, ganhou cerca de 25 mil novos seguidores em suas redes sociais. O artista ficou conhecido nacionalmente após a coluna revelar um rastro de golpes deixados por ele.

Indiciado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por associação criminosa e estelionato, André Luís também tem envolvimento com a máfia dos concursos, quadrilha que cometia fraudes em certames públicos. A coluna apurou que o golpista chegou a comprar uma vaga em um certame, mas, depois, passou a integrar a organização criminosa no papel de aliciador. Ele selecionava concurseiros dispostos a pagar pela aprovação ilegal.

Curiosamente, após figurar de forma constante nos noticiários policiais, o cantor pulou de 265 mil seguidores para 290 mil no Instagram. No entanto, milhares de perfis que seguem o artista são de proveniência russa, escandinava, sueca, italiana e espanhola. Como o cantor gospel nunca fez turnês pela Europa ou se lançou em carreira internacional, a coluna pesquisou as páginas que seguem André.

Veja fotos do cantor gospel:

13 imagens
Artista deu golpe em lojas de luxo
Investigação foi conduzida pela 5ª DP
Prejuízo se aproxima de R$ 300 mil
Investigado montou escritório falso
Grupo fazia falso depósito
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Cantor foi indiciado pela PCDF

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Artista deu golpe em lojas de luxo

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Investigação foi conduzida pela 5ª DP

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Prejuízo se aproxima de R$ 300 mil

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Investigado montou escritório falso

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Grupo fazia falso depósito

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Golpe foi cometido em Brasília

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Cantor dizia fazer obras sociais

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Comparsas já responderam por homicídio

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Cantor gospel

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Acusado ostentava em redes sociais

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Cantor foi indiciado

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Cantor gospel é indiciado pela PCDF por aplicar golpes em lojas de grife

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Perfis fake

Mais da metade dos perfis que seguem o cantor mantêm o mesmo padrão: sete ou oito publicações com fotos de paisagens ou lugares paradisíacos e nenhum ou muito poucos seguidores. A iniciativa de comprar “pacotes” com milhares de seguidores é uma ação comum entre artistas que desejam vender uma falsa sensação de popularidade.

Centenas dos perfis que supostamente decidiram seguir o cantor gospel jamais mantiverem qualquer tipo de interação com as publicações do artista. Apesar dos aparentes 290 mil seguidores, o cantor não atualiza mais o perfil no Instagram e apagou dezenas de fotos nas quais aparece usando roupas de grife, boa parte delas compradas após o calote aplicado na Prada, Gucci e Burberry.

Ostentação

Conforme a coluna revelou em matéria publicada no dia 20 de outubro, o cantor gospel foi indiciado por associação criminosa e estelionato após dar calote em lojas de luxo. Outros dois comparsas acabaram indiciados. De acordo com as investigações conduzidas pela 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), ele deixou um rastro de prejuízo que se aproxima de R$ 300 mil.

O valor se refere a peças de roupas de alto padrão, como ternos, camisas sociais, sapatos, cintos e calças. O cantor, que costuma fazer apresentações em lives, igrejas evangélicas e programas de TV, contava com a ajuda de dois comparsas. Para aplicar os golpes e passar credibilidade, utilizava uma sala comercial em um prédio corporativo na área central da capital da República.

Representantes das grifes recebiam ligações feitas pelos outros indiciados: Carlos Roberto Saraiva Júnior, mais conhecido como Pastor Juninho, ou Tiago Barbosa de Miranda. O trio sempre solicitava atendimento personalizado no suposto escritório do cantor. Em 6 de setembro deste ano, os três entraram em contato com um vendedor da Prada e compraram R$ 151.373,11 em várias peças de roupa.

Dois dias depois, os golpistas fecharam negócio com um vendedor da Gucci, no valor de R$ 124,3 mil referentes a calças, camisas e outros acessórios. Em ambos os casos, o cantor gospel simulava telefonar para um suposto assessor pedindo que uma transferência bancária fosse feita para a conta da loja. Segundos depois, um dos comparsas mostrava ao representante da loja um comprovante falso de pagamento.

 

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