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Brasileira que recrutava jovens para prostíbulo espanhol é extraditada

Presa em Madri por envolvimento com tráfico internacional de pessoas, ela aguardava os trâmites judiciais para a sua extradição

atualizado

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1 de 1 PF - Foto: PF/Divulgação

A Polícia Federal, por meio da representação regional da Interpol no Rio Grande do Norte, extraditou da Espanha para o Brasil, nessa sexta-feira (15/7), uma brasileira de 44 anos. Presa em Madri por envolvimento com tráfico internacional de pessoas, ela aguardava os trâmites judiciais para a sua extradição.

A mulher tinha mandado de prisão expedido pela Justiça Federal. Ela foi condenada a 11 anos, sete meses e 15 dias de reclusão, em regime fechado, por tráfico internacional de pessoas para fins de exploração sexual, mediante fraude e com o fim de obter vantagem econômica, bem como redução à condição análoga à de escravo. A suspeita figurava na Difusão Vermelha da Interpol.

A brasileira recebeu a condenação por se associar, a partir de 2007, a uma organização criminosa composta por grupo de estrangeiros que selecionava e ludibriava jovens mulheres para serem exploradas sexualmente na Espanha.

O grupo mentira dizendo que elas iriam trabalhar em clubes de alternes – estabelecimentos direcionados ao público masculino, nos quais o trabalho das mulheres é entreter os clientes e induzi-los ao consumo. A função da suspeita no grupo era captar as mulheres para fins de exploração sexual.

A investigação deflagrada pela Polícia Federal, à época dos fatos, constatou que a brasileira teria atuado diretamente no tráfico de mulheres de famílias carentes do Rio Grande do Norte para a Espanha. Lá, as vítimas tinham a liberdade de locomoção tolhidas pelo grupo criminoso e seus passaportes eram retidos até quitar a “dívida adquirida” com a organização, além de serem constantemente ameaçadas e vigiadas por câmeras e seguranças.

Escoltada pela Polícia Federal, tão logo desembarcou no Aeroporto Aluízio Alves, na Grande Natal, a extraditada passou por exame de corpo de delito e foi levada ao Centro de Detenção Provisória Feminino de Parnamirim, onde se encontra à disposição da Justiça.

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