Bomba perto do Aeroporto Brasília chegou a ser acionada, mas não explodiu
A Polícia Civil do DF identificou que um “microdetalhe no detonador” do explosivo apresentou falha. Suspeito foi preso
atualizado
Compartilhar notícia
O artefato explosivo encontrado próximo ao Aeroporto de Brasília nesse sábado (24/11) chegou a ser acionado, mas não funcionou. A bomba foi colocada em um caminhão-tanque que entraria no aeroporto. Se detonado, teria provocado uma tragédia, segundo o delegado-geral da Polícia Civil do DF (PCDF), Robson Cândido.
A perícia da PCDF identificou que a bomba não explodiu devido a uma falha, “um microdetalhe técnico no detonador”. “Graças a Deus conseguimos interceptar. Seria uma tragédia jamais vista”, completou.
Equipes da Polícia Militar (PMDF) e do Corpo de Bombeiros (CBMDF), com apoio da Polícia Federal (PF) e da Polícia Civil (PCDF), se mobilizaram em área próxima ao Aeroporto Brasília e conseguiram desarmar a bomba.
A polícia identificou e prendeu o suspeito de tentar explodir o artefato. Segundo apurado pelo Metrópoles, o empresário que planejava atentado em Brasília se identifica nas redes sociais como George Washington Oliveira Sousa e tem 54 anos.
Ele é morador do Pará e apoiador radical do presidente Jair Bolsonaro (PL). O homem foi detido na noite de sábado (24/12) pela PCDF, poucas horas após a Polícia Militar recolher explosivo nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília.
A ocorrência está sendo investigada pela 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul). O homem confessou que estava planejando um atentado para o dia da posse do presidente eleito Lula (PT). Com ele foram apreendidos seis explosivos.
Veja entrevista de Robson Cândido:
Delegado-geral da PCDF diz que homem preso por colocar explosivos em caminhão-tanque estava em acampamento bolsonarista e queria causar explosão no Aeroporto de Brasília.
“Seria uma tragédia jamais vista”, afirmou Robson Cândido.
Leia: https://t.co/cKdIuvZzRl
🎥: @tr_isadora pic.twitter.com/FB69EcvADP
— Metrópoles (@Metropoles) December 25, 2022
Arsenal
Os outros artefatos foram encontrados em um apartamento alugado do Sudoeste, área nobre do DF. O homem tem registro de caçador, atirador e colecionador (CAC), mas as armas, as munições e os explosivos são ilegais.
Ele teria trazido a maioria do arsenal do Pará, em uma caminhonete. As investigações apontam que as emulsões foram enviadas posteriormente.
Bolsonarista preso com arsenal queria caos, diz delegado-geral da PCDF
O empresário confessou ser o dono da emulsão explosiva (espécie de bomba usada em garimpo) colocada próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília.
“Ele é morador do Pará e veio para participar das manifestações no QG. Ele faz parte desse movimento de apoio ao atual presidente. Eles estão imbuídos nessa missão, segundo eles, mas saiu de controle”, disse Robson Cândido.
O delegado-geral da PCDF disse que a corporação investiga outros envolvidos no planejamento de atentados.
“As autoridades policiais, principalmente aqui de Brasília, tomarão todas as providências e vão prender qualquer um que atente contra o Estado Democrático de Direito, com ameaças e, agora, com bombas. Isso é algo que nunca existiu em Brasília e não iremos permitir esse tipo de manifestação que possa causar mal a pessoas ou ao patrimônio”, frisou Robson Cândido.