Bolsonaristas questionam silêncio do presidente: “Vai se acovardar?”
No Instagram, apoiadores do presidente pedem ajuda: “A polícia está jogando bomba no povo de bem. Faz alguma coisa, pelo amor de Deus”
atualizado
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Por meio de mensagens nos perfis oficiais do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas mídias sociais, apoiadores do chefe do Executivo nacional questionam o silêncio do mandatário sobre os ataques registrados no centro de Brasília, na noite dessa segunda-feira (12/12).
Alguns pedem a Bolsonaro que tome medidas a fim de proteger os apoiadores que protestaram contra a prisão do indígena José Acácio Serere Xavante, conhecido como Cacique Tserere. Os atos envolveram a depredação de prédios públicos, incêndios em veículos e confrontos com a polícia.
No Instagram, apoiadores do presidente pediram ajuda: “A polícia está jogando bomba no povo de bem. Faz alguma coisa, pelo amor de Deus”.
Outro internauta postou: “Meu querido presidente Jair Messias Bolsonaro, não deixe os nossos irmão (as) brasileiros serem agredidos, presos e até morrendo por um Brasil melhor, confiando no senhor. Abaixo de Deus, você é a nossa única esperança”.
Um terceiro cobrou coragem do presidente: “Estão armando pra cima do povo, e o senhor, com todo respeito, vai se acovardar? Tenha coragem”.
Tentativa de invasão
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) tentaram invadir, na noite dessa segunda-feira (12/12), a sede da Polícia Federal, na Asa Norte, em Brasília. Ninguém foi preso durante ou após os atos de vandalismo.
Vestidos com camiseta da Seleção Brasileira, os grupos danificaram carros estacionados nos arredores do prédio da corporação, além de ônibus que circulavam pelas ruas, na área central de Brasília.
Alguns envolvidos justificaram o ato dizendo que agentes da PF “prenderam injustamente um indígena”.
O Metrópoles apurou se tratar do Cacique Tserere, líder de um grupo Xavante apoiador de Jair Bolsonaro (PL). Bastante conhecido entre manifestantes acampados há dias em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília, o indígena tem feito discursos inflamados contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.