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Bolsonaristas negociaram armas antes da eleição: “Entrar em guerra civil”

Mensagens de bolsonaristas mostram negociações de armas e citação de guerra “se roubarem a eleição do Bolsonaro”

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
George Washington na CPMI de 8/1
1 de 1 George Washington na CPMI de 8/1 - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Mensagens trocadas entre bolsonaristas mostram negociações de armas com intuito de reverter o resultado das urnas. As conversas, obtidas pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), citam ainda a iminência de uma “guerra civil” no Brasil.

A intenção do uso de armas contra a derrota de Jair Bolsonaro (PL) consta, por exemplo, em mensagens trocadas entre George Washington Oliveira, atualmente preso e condenado pela tentativa de atentado a bomba em Brasília, e Álvaro Canevari, fazendeiro do estado do Pará. Em 12 de novembro de 2021, George envia 21 fotos de armamentos diversos e diz: “A carabina .357 cano octogonal vai chegar 2 até início dezembro [SIC]”.

Também chama atenção a mensagem de George um minuto depois de mandar as imagens: “Dá para começar uma guerra, hem!!! [SIC]”. Álvaro responde: “O meu maior interesse é na carabina .357. Esse é o meu maior interesse. Aí, quando você chegar nós vamos ver isso aí. Eu quero uma dela”.

Em áudio, o fazendeiro afirma que eles vão precisar do armamento. “Porque o Brasil vai entrar em uma guerra civil ano que vem se o Bolsonaro… se eles roubarem… Se roubarem a eleição do Bolsonaro, o Brasil vai entrar em uma guerra civil [SIC].”

Em resposta, o bolsonarista condenado pela bomba é claro: “Esse é o motivo de tantas máquinas”. George estaria vendendo as armas, como indicado quando ele escreve que viu preços em Goiânia (GO). “Estou mais barato”, mandou a Álvaro.

2022

Um ano após aquelas conversas que expuseram a intenção de usar violência armada contra o resultado das urnas, George, de dentro do acampamento do Quartel-General do Exército, falou em uma “missão importante”.

Pouco depois, na véspera de Natal de 2022, a Polícia Militar do DF encontrou uma bomba que havia sido colocada em um caminhão-tanque, estacionado em uma concessionária no Aeroporto de Brasília. A missão seria essa explosão, segundo indícios da investigação.

George foi identificado como mentor do ataque e acabou condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) a cumprir 9 anos e 4 meses de reclusão, em regime fechado. Alan Diego dos Santos, também condenado pela tentativa de explosão, disse que recebeu de George a bomba e a colocou no local.

 

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