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Bolsonarista preso cogitou explodir bomba em área de embarque do Aeroporto JK

Em depoimento à PCDF, Alan dos Santos confirmou que conheceu George Washington, outro preso, no acampamento em frente ao QG do Exército

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1 de 1 Alan dos Santos 1 - Foto: Luis Nova/Especial Metrópoles

Mais detalhes do depoimento do bolsonarista Alan Diego dos Santos Rodrigues mostram que a ideia inicial dos envolvidos na tentativa de atentado a bomba no Distrito Federal era colocar o artefato na área de embarque do Aeroporto JK. O crime foi descoberto na véspera do Natal de 2022.

Alan afirmou que chegou ao Quartel-General do Exército, no Setor Militar Urbano, em novembro do ano passado e, desde que entrou no acampamento, ouvia conversas sobre explosões. “Explodir coisas como se fosse a solução para a intervenção [militar]”, contou à Polícia Civil do DF (PCDF).

O criminoso prestou depoimento no Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) na última quinta-feira (19/1). Além de confessar a participação na tentativa de atentado a bomba em Brasília, ele comentou como conheceu o outro preso acusado do crime: George Washington de Oliveira Sousa.

Segundo o documento, ao qual o Metrópoles teve acesso, Alan afirmou que George encomendou explosivos do Pará e fabricou a bomba colocada nos arredores do aeroporto. Na madrugada do dia 24 de dezembro, o empresário teria entregue o material para Alan e dito para que ele colocasse o artefato dentro do aeroporto, na área de embarque.

Em depoimento à PCDF, Alan disse que preferiu não seguir as ordens de George. Então, mudou o plano e, entre as 3h e às 4h da manhã da véspera de Natal, passou lentamente ao lado de um caminhão-tanque e colocou a caixa na traseira do veículo.

Após a colocação da bomba

O preso comentou que, quando “a ficha caiu”, teria resolvido procurar um telefone público para comunicar a polícia sobre o artefato. Ele afirmou que teria tentado avisar à PMDF e ao Corpo de Bombeiros sobre a existência da bomba, mas o atendente acreditou se tratar de um trote. George Washington teria chegado a ligar para Alan a fim de saber o andamento do plano terrorista.

O que se sabe, até o momento, é que as forças de segurança se mobilizaram após o motorista do caminhão-tanque inspecionar o veículo e descobrir o artefato. Assustado, ele telefonou para a PMDF. Ao saber que o material explosivo estava sendo analisado pela polícia, Alan, então, conta ter voltado para o acampamento do QG do Exército e participado da ceia de Natal com os outros acampados. No dia seguinte, resolveu voltar para casa, no Mato Grosso.

Relembre o atentado

Na véspera do Natal de 2022, equipes da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e do Corpo de Bombeiros do DF (CBMDF), com apoio da Polícia Federal (PF) e da PCDF, mobilizaram-se em área próxima ao Aeroporto de Brasília para desarmar um artefato encontrado em um caminhão no local.

A bomba estava acoplada a um caminhão-tanque e só não foi acionada por um erro técnico. A polícia identificou e prendeu o suspeito de tentar explodir o artefato no mesmo dia. O empresário que planejava atentado em Brasília foi identificado como George Washington Oliveira Sousa. Logo em seguida, os outros dois nomes foram apontados: o de Alan e o do blogueiro e jornalista Wellington Macedo de Souza. Este último criminoso permanece foragido.

Segundo o depoimento de Alan, Wellington teria sido responsável por levá-lo até o aeroporto para plantar a bomba.

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Bomba tem dispositivo acionador
Artefato localizado no aeroporto tinha relógio capaz de acionar a explosão
Polícia atuou para desarmar explosivo achado próximo ao aeroporto
Desativação do explosivo mobiliza bombeiros e policiais militares
Equipe do Esquadrão de Bombas
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Bomba foi encontrada em via pública

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Bomba tem dispositivo acionador

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Artefato localizado no aeroporto tinha relógio capaz de acionar a explosão

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Polícia atuou para desarmar explosivo achado próximo ao aeroporto

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Desativação do explosivo mobiliza bombeiros e policiais militares

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Equipe do Esquadrão de Bombas

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Artefato explosivo foi encontrado no Aeroporto de Brasília

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Se necessário, um robô dotado de sistema de câmeras poderia ser utilizado para desativar os artefatos explosivos

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Por causa da operação, uma das faixas de via perto do terminal aéreo teve de ser interditada

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Equipes de segurança do DF acompanham a ocorrência

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Artefato explosivo estava em área próxima ao Aeroporto de Brasília

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