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Binho Galinha: quem é o deputado estadual suspeito de chefiar milícia

O deputado é suspeito de liderar um grupo de milicianos envolvido com jogo do bicho, agiotagem, extorsão e lavagem de dinheiro

atualizado

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AscomALBA/AgênciaALBA
Binho Galinha
1 de 1 Binho Galinha - Foto: AscomALBA/AgênciaALBA

Eleito em 2022 deputado estadual com 0,63% dos votos válidos, Kleber Cristian Escolano de Almeida (foto em destaque), o Binho Galinha (Patriota), é o principal alvo da Operação El Patron, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (7/12).

O parlamentar é suspeito de liderar um grupo de milicianos envolvido com o jogo do bicho, agiotagem, extorsão e lavagem de dinheiro. O esquema teria movimentado ao menos R$ 700 milhões.

Natural de Milagres (BA), Binho Galinha recebeu o apelido ao mudar para Feira de Santana, onde trabalhou em um abatedouro entregando galinhas em uma moto.

Antes de ser parlamentar, também trabalhou como ajudante, carroceiro e pintor. Nas eleições, o parlamentar recebeu votos de 306 municípios.

Segundo a investigação da Polícia Federal (PF), a organização criminosa atua em Feira de Santana (BA) e em cidades vizinhas.

Na manhã desta quinta (7), os policiais cumpriram dez mandados de prisão preventiva, 33 de busca e apreensão, além do bloqueio de mais de R$ 700 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de 26 propriedades urbanas e rurais, além da suspensão de atividades econômicas de seis empresas, em cumprimento à decisão do Juízo da 1º Vara Criminal de Feira de Santana (BA).

Participaram da operação 200 policiais federais e estaduais, além de 15 auditores-fiscais da Receita Federal e seis analistas tributários.

A investigação teve início após recebimento de ofício encaminhado pelo Ministério Público do estado da Bahia, relatando graves ilícitos penais que estariam sendo cometidos na região. Com o aprofundamento das investigações, colheram-se elementos probatórios que revelaram a participação dos indiciados num grupo miliciano.

A Receita Federal, em cumprimento à ordem judicial, produziu relatórios apontando inconsistências fiscais dos investigados, movimentação financeira incompatível, bem como propriedade de bens móveis e imóveis não declarados e indícios de lavagem de dinheiro.

Observou-se a participação de três policiais militares do estado da Bahia, os quais integrariam o braço armado do grupo miliciano, cujas atribuições seriam de efetuar cobranças, mediante violência e grave ameaça, de valores indevidos oriundos de jogos ilícitos e empréstimos a juros excessivos.

A deflagração da operação contou com o apoio do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal (COT), Grupo de Pronta Intervenção da Polícia Federal (GPI), do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Estadual (Gaeco) e da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil da Bahia (Core).

A investigação continuará para apuração de eventuais outros envolvidos. Se condenados pelos crimes cometidos, os investigados se sujeitarão a penas máximas que, somadas, podem ultrapassar 50 anos de reclusão.

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