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Billionaire: alvo da PF, grupo ganha R$ 1,6 bi com apostas esportivas

Policiais cumprem nove mandados de busca e apreensão, além de ordens judiciais de indisponibilidade de bens, valores e criptoativos

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Billionaire: alvo da PF, grupo ganha R$ 1,6 bi com apostas esportivas
1 de 1 Billionaire: alvo da PF, grupo ganha R$ 1,6 bi com apostas esportivas - Foto: PF/Divulgação

A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (30/10), a Operação Backyard, com a finalidade de desmantelar um grupo organizado responsável pela movimentação de dinheiro para plataformas estrangeiras, em especial de apostas esportivas. O grupo investigado movimentou cerca de R$ 1,6 bilhão em menos de três anos.

Durante a ação, policiais federais cumpriram nove mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara da Justiça Federal em Itajaí (SC), nas cidades de Itajaí, Balneário Camboriú e Navegantes, em Santa Catarina, e Olinda, em Pernambuco.

Além das buscas, a PF cumpriu ainda ordens judiciais de indisponibilidade de bens e de valores que podem atingir R$ 70 milhões, bem como ordens de bloqueio junto a exchanges de criptoativos em instituições de pagamentos.

“Os valores indisponibilizados tendem a ser ainda mais representativos, visto que essas instituições são comumente utilizadas para criar dificuldades na rastreabilidade de recursos”, informou a PF.

O grupo investigado mantém empresas do ramo de provimento de serviços de pagamentos na região do litoral de Santa Catarina. Basicamente, essas empresas fornecem serviços de tecnologia de pagamentos para plataformas da internet. Identificou-se que o grupo vem prestando serviços de pagamentos para plataformas não autorizadas de apostas esportivas, bem como para o cometimento de golpes na internet.

O dinheiro era encaminhado de maneira informal ao exterior, via criptoativos, configurando o crime de evasão de divisas. Além disso, foram identificados fluxos financeiros dedicados à lavagem de dinheiro para terceiros, incluindo agentes públicos e suspeitos de envolvimento em tráfico de drogas.

As investigações demonstraram que, em que pese a altíssima movimentação financeira desse grupo, boa parcela das empresas não mantém qualquer indicativo de efetivo funcionamento. As suspeitas indicam que a maior parte das empresas identificadas em nome dos integrantes do grupo são empresas de fachada ou holdings, que buscam blindar o patrimônio angariado com as atividades desenvolvidas.

A PF destacou que há indícios contundente que o grupo criminoso expandiu, nos últimos meses, sua atuação para o exterior, com a abertura de escritórios em países da América Latina e em Portugal.

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