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Auditores do DF Legal presos usavam grupo de mensagem para esquema

Sob cobrança, os suspeitos avisavam antecipadamente sobre as operações fiscalizatórias do DF Legal. Servidores foram presos nesta sexta

atualizado

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Os auditores fiscais do DF Legal presos na manhã desta sexta-feira (20/5), no âmbito da Operação Ludíbrio, mantinham um grupo de mensagens, onde, sob cobrança, avisavam antecipadamente sobre as operações fiscalizatórias do DF Legal. Somente em um dos casos, R$ 300 mil foi cobrado.

“A gente conseguiu apurar a existência de um grupo de aplicativo de mensagens, onde os participantes efetuavam pagamentos semanais para permanecerem e receberem informações sobre operações de fiscalização que ocorreriam nos dias seguintes”, revela o delegado Gabriel Oliveira Eduardo, da Drcor.

“Eles recebiam essas informações de forma antecipada para poderem se precaver e não serem pegos nas irregularidades”, complementa.

Nas primeiras horas desta sexta, policiais da Delegacia de Repressão à Corrupção (Drcor) deflagraram a operação contra o suposto grupo criminoso suspeito de fraudar fiscalização de terrenos e imóveis do Distrito Federal.

Segundo a PCDF, após receber denúncias anônimas, a corporação identificou diversas provas que indicam que os investigados receberiam ou cobrariam vantagens indevidas para não fiscalizar determinados imóveis e pessoas; emitir indevidamente autorizações diversas, como alvarás de construção e cartas de Habite-se; reduzir ou extinguir, ilicitamente, débitos e taxas; cancelar, irregularmente, autos de infrações, embargos e interdições; repassar informações sigilosas sobre data e local de ações fiscalizatórias; entre outros.

PCDF encontra arsenal em casa de auditor do DF Legal preso em operação

“Clientes”

Foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão em diversas regiões do Distrito Federal, assim como em Alexânia (GO), no Entorno, e Goiânia (GO). Também foram cumpridos três mandados de prisão temporária, expedidos em desfavor do núcleo principal de investigados, composto por dois auditores fiscais e uma terceira pessoa, responsável por captar “clientes” e fazer a intermediação das negociações com os servidores públicos, enquanto estes, de fato, executavam as ilegalidades. Os “clientes” identificados até o momento também foram alvo de buscas.

Apurou-se, ainda, que um dos auditores investigados está aposentado. Porém, apresentava-se como se da ativa fosse a fim de praticar as fraudes. Dessa forma, os suspeitos podem responder pelos crimes de associação criminosa, concussão, corrupção, entre outros que devem ser apurados minuciosamente. Somadas, as penas podem chegar a 27 anos de prisão.

A Secretaria da DF legal colaborou com a Polícia Civil durante as diligências.

Ludíbrio

A Operação Ludíbrio, da qual participaram 100 policiais, foi assim batizada em razão de o termo ser sinônimo de “engano” e de “burla”, já que ficou constatado que os investigados, de má-fé, ludibriam as ações fiscalizatórias estatais.

Armas

Cerca de 18 armas foram apreendidas na casa de um dos auditores fiscais do DF Legal presos na manhã desta sexta-feira (20/5), em âmbito da Operação Ludíbrio, deflagrada pela Delegacia de Repressão à Corrupção (Drcor).

“Encontramos algumas armas que não eram legalizadas. Fomos cumprir o mandando e nos deparamos com um arsenal, digamos assim, devido a quantidade de armamento apreendido. A origem não foi comprovada, não estão devidamente registradas”, explica o delegado que conduziu as investigações, Gabriel Oliveira Eduardo.

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O servidor do DF Legal não tinha registro das armas
Por essa razão, o homem foi preso em flagrante
Delegado afirmou que, ao chegarem à casa do servidor para cumprir mandado da operação, os investigadores encontraram o arsenal
Apreensão acabou fazendo parte da Operação Ludíbrio, deflagrada pela Delegacia de Repressão à Corrupção (DRCOR)
A ação conta com o apoio da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep) e do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT)
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Arsenal foi encontrado na casa de um dos suspeitos

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O servidor do DF Legal não tinha registro das armas

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Por essa razão, o homem foi preso em flagrante

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Delegado afirmou que, ao chegarem à casa do servidor para cumprir mandado da operação, os investigadores encontraram o arsenal

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Apreensão acabou fazendo parte da Operação Ludíbrio, deflagrada pela Delegacia de Repressão à Corrupção (DRCOR)

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A ação conta com o apoio da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep) e do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT)

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As armas estavam na casa do auditor da ativa, em Taguatinga

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As armas estavam na casa do auditor da ativa, em Taguatinga. “O proprietário dessas armas, além de ter sofrido as buscas, também foi preso em flagrante”, revela. Segundo os agentes, o servidor alegou ser atirador, mas não conseguiu comprovar e não tinha posse dos objetos.

O outro lado

Em nota, a secretaria DF Legal informou “que cooperou desde o primeiro momento com todas informações”. Acrescentou que “não coaduna com nenhum tipo de irregularidade e é pautada pela transparência e honestidade de seu trabalho para a população do Distrito Federal”.

A pasta destacou que um processo foi instaurado na Corregedoria para apurar os fatos no âmbito administrativo.

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