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Áudios. Crianças gravam surra dada por mãe e padrasto: “Moleque FDP”

Várias ocorrências policiais foram registradas tanto pelos vizinhos quando pelo pai biológico das crianças, que é separado da mãe dos filhos

atualizado

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Criança com hematomas
1 de 1 Criança com hematomas - Foto: null

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga um caso grave de maus-tratos contra três crianças de 12, 9 e 7 anos. Todas seriam vítimas de espancamentos constantes cometidos pela mãe e pelo padrasto. A violência das agressões, além de deixar hematomas severos nos corpos dos filhos, provocava crises de pânico nas vítimas.

As surras e os gritos de ira e desespero atravessavam as paredes do apartamento, em Ceilândia. Com isso, as agressões foram denunciadas por vizinhos ao Conselho Tutelar da região administrativa.

Várias ocorrências policiais foram registradas tanto pelos vizinhos quando pelo pai biológico das crianças, que é separado da mãe. Desde junho deste ano, a violência doméstica praticada pela mãe e pelo padrasto se asseveraram, deixando em pânico outros familiares. O nome dos suspeitos dos espancamentos serão mantidos em sigilo para preservar a identidade das crianças.

Em um episódio registrado pela PCDF em 10 de junho do ano passado, a avó das crianças tenta intervir que a neta de 12 anos seja surrada dentro de um quarto. A idosa precisou arrombar a porta e, quando entrou, viu a menina sendo espancada e segurada pelos cabelos pela mãe. Quando tentou apartar, a avó foi empurrada, estapeada e levou uma surra do padrasto, que usou um cabo de vassoura para atacá-la. O homem é advogado e tem carteira da Ordem ativa.

Veja imagens dos hematomas nas crianças após espancamentos:

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As agressões teriam ficado mais constantes nos últimos dois meses
Vizinhos denunciaram as sessões de espancamentos
Rosto de menina de 12 anos fica cheio de arranhões e hematomas após as surras
As crianças passaram por exame de corpo de delito no IML
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Desesperadas, as crianças chegaram a gravar um acesso de fúria da mãe

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As agressões teriam ficado mais constantes nos últimos dois meses

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Vizinhos denunciaram as sessões de espancamentos

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Rosto de menina de 12 anos fica cheio de arranhões e hematomas após as surras

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As crianças passaram por exame de corpo de delito no IML

“Te racho na porrada”

Revoltadas com o espancamento das crianças, pessoas que moram no mesmo prédio do casal pediam socorro e mandavam mensagens em um grupo de WhatsApp formado pelos moradores. Uma pessoa tentou intervir no grupo para que as agressões parassem. O advogado, então, ameaçou espancar uma vizinha.

“Se a senhora postar mais alguma coisa no grupo, a senhora pode ter certeza de que eu vou rachar tua cara na porrada. E tu pode ter certeza disso. Eu vou mandar logo aqui no grupo para esculachar essa porra. Porque, se tu postar mais alguma coisa e eu me sentir ofendido ou exposto, você pode ter certeza que eu vou lhe quebrar na porrada. Pode ir na polícia registrar um boletim de ocorrência, porque crime de ameaça é de menor potencial ofensivo e não dá nada”, disse o advogado e padrasto das crianças.

Ouça ameaças feitas pelo advogado acusado de espancar enteados:

 

Irritado, o advogado acusado de espancar os enteados reafirmou, em áudio postado no grupo, a ameaça à moradora. “Basta postar novamente. Se eu me sentir ofendido, eu vou te arregaçar na porrada. Posta aí, se você tem coragem”, desafiou. Depois, a mulher registrou boletim de ocorrência sobre a ameaça.

Pai temeroso

Na terça-feira (19/7), o pai biológico das crianças foi procurado por moradores do prédio para que tomasse conhecimento sobre as sessões de espancamento cometidos contras os filhos. Além disso, o terror psicológico recheado de ameaças e agressões verbais também teriam se intensificado, segundo os denunciantes.

Veja gravação feita pelas crianças espancadas:

 

Em um dos trechos do vídeo, é possível ouvir o grito do homem: “Moleque filho da puta”.

O pai registrou o caso na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam 2), inclusive com exame de corpo de delito feito pelas crianças no Instituto Médico Legal (IML) da PCDF. Segundo o homem, existe um processo judicial no qual a mãe é ré e que as agressões contra os filhos se intensificaram.

O fato também chegou ao conhecimento do Conselho Tutelar e aparece na ata de ocorrências do condomínio onde moram os envolvidos. O pai relatou aos policiais que teme pela vida dos filhos.

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